INTERNACIONAL

Covid-19: resultados financeiros refletem catástrofe para o transporte aéreo

Os resultados financeiros das empresas do transporte aéreo são catastróficos no terceiro trimestre, cuja recuperação tímida foi prejudicada pela segunda onda da covid-19

AFP
25/10/2020 às 21:16.
Atualizado em 24/03/2022 às 09:13

Os resultados financeiros das empresas do transporte aéreo são catastróficos no terceiro trimestre, cuja recuperação tímida foi prejudicada pela segunda onda da covid-19.

A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) avalia a queda do tráfego aéreo em 66%.

Somente nos aeroportos de Paris a queda para o ano pode ser de 70%, uma revisão maior que uma estimativa anterior de 65% para os dois aeroportos de Orly e Charles de Gaulle.

"Seis meses após o início da crise na Europa e Estados Unidos, os índices não mostram nenhum sinal favorável para uma recuperação rápida (...). Esta crise será duradoura e não será em V" com uma queda brutal seguida por uma recuperação rápida, explica em um estudo a agência de assessoria Alix Partners.

Após a suspensão do tráfego aéreo em todo o mundo durante a primavera (boreal), a recuperação começou muito lentamente, particularmente nos voos internos, a partir de junho antes de alcançar um máximo em agosto, para voltar a cair em setembro.

"A temporada de inverno (no hemisfério norte) será um "stress test" para as companhias", segundo a Alix Partners.

Nos Estados Unidos, as principais companhias aéreas American Airlines, SouthWest, Delta e United Airlines anunciaram em outubro uma receita em queda livre no terceiro trimestre. A American Airlines, número um do setor nos Estados Unidos, anunciou uma queda da renda de 73%.

Diante de uma falta de acordo de apoio ao setor aéreo em Washington após a suspensão dos subsídios destinados a ajudar a pagar aos trabalhadores, milhares de pessoas estão em paralisação técnica.

Na Ásia, a companhia de Hong Kong Cathay Pacific anunciou na quarta-feira o corte de 5.900 empregos, um quarto de seus efetivos e o fechamento da filial Cathay Dragon.

Na Europa, a IAG (casa matriz da British Airways e Iberia) e Lufthansa reduzirão drasticamente sua oferta no quarto trimestre, a 30% como máximo em relação à do ano passado no caso da IAG e a 25% no da alemã.

A escandinava SAS concluiu as negociações de um plano social com o corte de 5.000 empregos, 40% dos efetivos, anunciou a companhia na sexta-feira.

LATAM, a maior companhia aérea da América Latina, e suas filiais planejam operar em outubro com 24% e 26% de sua capacidade, em relação ao mesmo mês do ano passado, indicou recentemente a companhia, que sofreu uma queda de 75,9% em sua renda no segundo trimestre, e dispensou cerca de 12.600 trabalhadores. Em junho, a LATAM anunciou o fechamento de sua filial na Argentina.

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