Santo casamenteiro

Crítica ao prefeito e 2.100 pedaços de bolos vendidos

Bispo critica que feriado foi transferido por Luciano Almeida sem qualquer consulta à igreja católica

Romualdo Cruz Filho
14/06/2022 às 07:19.
Atualizado em 14/06/2022 às 07:21
A venda dos pedaços de bolo superou as expectativas dos organizadores. Não sobrou nada (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

A venda dos pedaços de bolo superou as expectativas dos organizadores. Não sobrou nada (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

O bispo diocesano Dom Devair Araujo da Fonseca disse, durante celebração na Catedral de Santo Antonio, no último domingo (12), que o feriado de Santo Antonio foi transferido pelo prefeito Luciano Almeida para outra data sem qualquer consulta à igreja católica. “Comemoramos a data ontem (13), mas sobre a mudança do feriado, ficamos sabendo pela imprensa, como todo mundo”. 

Ele lamentou o episódio. "Não fomos consultados, não nos foi falado nada. Foi apenas feita a transferência do feriado do dia 13 para o dia 17, sexta-feira".

Devair disse ainda que "nos tempo da pandemia, as coisas foram sendo nos tiradas aos poucos. Naquela fase crítica (de saúde pública) entendíamos a transferência do feriado, porque estava tudo fechado. Mas este ano a decisão foi tomada de forma indelicada, num momento que seria para a manifestação da nossa fé".

Seguindo ainda sua crítica dura ao governo municipal, em uma catedral lotada, observou que as atividades programadas continuam mesmo assim.

"Vamos fazer nossas celebrações. Esperamos, no entanto, um pouco mais de respeito à nossa fé e ao nosso padroeiro". Ontem, por exemplo, foi o dia da tradicional entrega e venda do Bolo de Santo Antonio, na Catedral.

Santo casamenteiro

Luciene Aguiar, uma das 20 voluntárias da igreja no fabrico do quitute, disse que os 2.000 pedaços produzidos haviam sido vendidos logo de manhã. "Deu mais um chorinho de 80 pedaços e vendemos tudo muito rapidamente". O bolo foi abençoado às 6h pelo bispo e a entrega se encerrou às 12h. O bolo do santo casamenteiro começou a ser produzido no sábado logo de manhã. às 19h estava pronto. Com massa de pão de ló, recheado com goiabada e coberto com chantilly e coco, cada pedaço foi vendido a R$ 30.

Trabalho recompensado

Padre Ronaldo Francisco Aguarelli disse que depois de dois anos sem a festa, o evento deste ano superou todas as expectativas, "embora estejamos vivendo momentos difíceis no país".

Segundo ele, havia receio de que o bolo não fosse integralmente vendido, porque até no sábado à noite restavam 200 pedaços à espera de consumidores. Mas logo de manhã o consumo foi rápido e antes das 9h já tinha acabado.

"Ficaram até muitas pessoas sem ser atendidas, infelizmente. Trabalhamos por demanda e todo ano avisamos às pessoas que se antecipem, para que possamos programar o tamanho do bolo. De qualquer forma, isso é um bom sinal", observou Ronaldo. 

O padre lembrou ainda que nos dias 16, 17, 18 e 19 a quermesse em frente à Catedral continua e no dia 19 haverá almoço com porco na fornalha, a R$ 45 por pessoa, que poderá comer à vontade, com vendas antecipadas.

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