Desde o referendo do Brexit em 2016 até o acordo de último minuto entre o Reino Unido e a União Europeia, essas foram as principais etapas de um divórcio tortuoso
Desde o referendo do Brexit em 2016 até o acordo de último minuto entre o Reino Unido e a União Europeia, essas foram as principais etapas de um divórcio tortuoso.
Em 23 de junho de 2016, os britânicos votaram a favor da saída britânica da União Europeia. No dia seguinte, o primeiro-ministro conservador David Cameron renuncia e é substituído por Theresa May, uma eurocética que, no entanto, votou contra o Brexit.
Em 29 de março de 2017, May ativa o artigo 50 do Tratado de Lisboa, dando início ao processo de saída, que deveria ser concluído em dois anos.
Buscando reforçar sua posição antes de iniciar as negociações com a UE, ela convoca eleições legislativas antecipadas e, em 8 de junho de 2017, perde sua maioria absoluta, ficando à mercê de um parlamento fragmentado.
Após um ano e meio de árduas negociações, em 13 de novembro de 2018, Londres e Bruxelas chegam a um acordo de separação, aprovado em 25 de novembro em uma cúpula europeia extraordinária.
Porém, os parlamentares britânicos o rejeitam em três ocasiões: 15 de janeiro, 12 de março e 29 de março de 2019.
O Brexit é adiado até 22 de março e novamente até 31 de outubro. O Reino Unido se vê obrigado, fora do planejado, a participar das eleições europeias de 23 de maio. No dia seguinte, Theresa May anuncia que renunciará em 7 de junho.
Em 23 de julho, Boris Johnson, a favor da realização do Brexit com ou sem acordo, mas na data prevista, é escolhido pelo Partido Conservador para suceder May.
As deserções e expulsões de deputados de sua formação o deixam sem maioria parlamentar. Vários ministros também o abandonam.
Em 17 de outubro, a UE e o Reino Unido anunciam ter chegado a um novo acordo de divórcio. Em 22 de outubro, o Parlamento britânico aprova o princípio desse texto, mas vota contra sua apreciação acelerada.
Isso força a solicitação de um novo adiamento, até 31 de janeiro de 2020, e para desbloquear a situação, Johnson convoca eleições legislativas antecipadas em 12 de dezembro.
O líder conservador vence as eleições com uma maioria de 365 deputados em uma câmara de 650.
Em 20 de dezembro, Johnson apresenta o projeto de lei à nova Câmara dos Comuns, que é aprovado em 9 de janeiro de 2020. Depois de ser promulgado pela rainha Elizabeth II, o texto é ratificado pelo Parlamento Europeu em 29 de janeiro.