A Defensoria Pública Boliviana denunciou nesta quinta-feira que sua sede em La Paz foi atacada na véspera por civis "violentos e organizados", sem a intervenção da polícia, e exigiu que o governo garanta sua segurança
A Defensoria Pública Boliviana denunciou nesta quinta-feira que sua sede em La Paz foi atacada na véspera por civis "violentos e organizados", sem a intervenção da polícia, e exigiu que o governo garanta sua segurança.
Segundo a instituição, as pessoas que invadiram as instalações tinham como objetivo "agredir a vida e a integridade física de sua autoridade máxima, Nadia Cruz", a quem o governo interino de Jeanine Áñez acusa de estar vinculada ao ex-presidente Evo Morales (2006-2019).
Cerca de 15 homens e mulheres entraram na Defensoria e permaneceram por várias horas na quarta-feira. Eles proferiram insultos e bateram nas portas, disse um funcionário do escritório à AFP.
Em um vídeo de segurança, são vistos indivíduos com bonés vermelhos.
A Defensoria se queixou da inação das forças de segurança.
"A instituição policial tem a obrigação de intervir prontamente, adotando as ações necessárias para prevenir fatos como os que ocorreram ontem, o contrário implica em violação de deveres constitucionais".
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressou no Twitter "sua profunda preocupação com as ameaças e atos de violência contra funcionários da Ouvidoria por parte de um grupo de pessoas".
O vice-ministro da Segurança Cidadã, Wilson Santamaría, disse que "há descontentamento contra uma instituição que perdeu credibilidade, que usurpa funções e se engaja na politicagem"" mas afirmou que o governo "rejeita a justiça por suas próprias mãos e essas ações intimidadoras".
O governo de direita afirma que o mandato de Nadia Cruz como defensora expirou.
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