A ARRECADAÇÃO

Déficit nos tributos atinge os cofres do município

Resultado da receita e despesa foram apresentados nesta quarta-feira

Da Redação
correiopontocom@rac.com.br
28/02/2019 às 11:50.
Atualizado em 28/04/2022 às 00:13
Audiência pública. Secretário Admir Leite participou da reunião realizada no plenário da Câmara de Vereadores (Fabrice Desmonts)

Audiência pública. Secretário Admir Leite participou da reunião realizada no plenário da Câmara de Vereadores (Fabrice Desmonts)

Quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019 Os principais tributos do Orçamento do Município apresentaram déficit em 2018. Só de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e ISS (Imposto Sobre Serviços), a perda ultrapassa os R$ 63 milhões, equivalente a 10% entre a previsão e a arrecadação. “O resultado é o achatamento da capacidade de investimento da Prefeitura”, afirmou, nesta quarta-feira (27), o secretário municipal de Finanças, José Admir de Moraes Leite, na audiência pública, promovida pela Câmara de Vereadores, para avaliação das metas fiscais do terceiro quadrimestre do ano passado. No geral, a arrecadação ficou em R$ 1,546 bilhão, restando, ainda, cerca de R$ 111 milhões para alcançar a previsão orçamentária de R$ 1.657 milhão (conforme a LOA 2018). Já a despesa liquidada, ficou em R$ 1.483 bilhão, apresentando um superávit de R$ 62,3 milhões. A audiência, contou, também, com as participações do procurador-geral do município, Sérgio Bissoli, e do presidente do Semae, José Rubens Françoso. A dificuldade da Administração para conseguir o equilíbrio financeiro tem sido recorrente, apresentada em diversos momentos na Câmara. E o resultado é aperto nas contas, como ficou demonstrado pelo 1,1% do Orçamento Municipal para investimento no ano passado (R$ 11,8 milhões, 44,4% abaixo da previsão de R$ 21,3 milhões) e, agora, o contingenciamento de R$ 50 milhões para aplicação dos recursos em 2019. Sobram poucas alternativas. Uma delas, apresentada pelos vereadores, é cobrar mais repasses, tanto do Estado quanto da União, que já foram liberados, mas que por questões burocráticas ainda não. Embora não tenha apresentado números exatos deste montante, o secretário municipal informou que “de 23 emendas parlamentares devem ter chegados recursos de quatro ou cinco”. “Vamos buscar o que está acontecendo, aonde que está parado, porque esse recurso não chegou”, disse o vereador André Bandeira (PSDB), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, responsável pela direção dos trabalhos da audiência pública. Vice-presidente da Mesa Diretora, o vereador Pedro Kawai (PSDB) sugeriu a elaboração de um requerimento para questionar a Prefeitura de Piracicaba sobre quais são os recursos que ainda não chegaram na cidade. “Primeiro passo é levantar quais foram as emendas não liberadas”, esclareceu. “Depois, é preciso articular com o governo federal, ver em qual ministério estão paradas, fazer uma força-tarefa, ir até Brasília e solicitar junto aos ministérios a liberação”, completou Kawai. Ele ressaltou que se os recursos já estão aprovados, é sinal que já tinha previsão orçamentária. “Temos aí construção de Unidades Básicas de Saúde, maquinários para a Secretaria de Agricultura e Abastecimento e equipamentos para a Saúde e para a Educação que precisam ser liberados urgentes para poder atender a população”, concluiu. A vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (PPS), disse que tem cobrado diretamente alguns parlamentares, entre eles o deputado estadual Roberto Morais (PPS). “Cabe a nós cobrarmos aqueles que são dos nossos partidos para que também olhem para a nossa cidade”, disse. O vereador Isac Souza (PTB) acredita que o motivo da demora para o envio das emendas é o período de início de novos governos. “O Orçamento (federal) foi aprovado há pouco tempo e, dentro disso, constam essas emendas e para cada uma tem uma tratativa diferente de tramitação burocrática”, disse.

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