INTERNACIONAL

Democratas e republicanos, um empate inesperado na conservadora Geórgia

Vizinhos e voluntários distribuem água e lanches para eleitores de máscara que esperam pacientemente por sua vez ao sol em Smyrna, um charmoso subúrbio de Atlanta

AFP
27/10/2020 às 12:49.
Atualizado em 24/03/2022 às 09:11

Vizinhos e voluntários distribuem água e lanches para eleitores de máscara que esperam pacientemente por sua vez ao sol em Smyrna, um charmoso subúrbio de Atlanta.

A eleição presidencial dos Estados Unidos acontece em 3 de novembro, mas esta manhã já parece um grande dia de votação.

Situada no conservador sul do país, a Geórgia não vota em um candidato democrata à Casa Branca desde 1992. Este ano, porém, Joe Biden, de 77 anos, está perto do presidente republicano Donald Trump, de 74. Os democratas começam a sonhar.

Quase 40% dos eleitores da Geórgia já votaram nesta convocação, na qual autoridades locais e parlamentares também são renovados.

Dois candidatos democratas têm a chance de substituir os senadores republicanos que representam este estado em Washington. Suas vitórias podem ajudar a derrubar a maioria no Senado.

Jamal e Michelle Jenkins vieram com seu bebê Asia, que o pai carrega em um canguru. Eles estão esperando na fila há 40 minutos.

"Sim, minha decisão é clara", diz Michelle, 33, esboçando um sorriso que, pela máscara, revela-se em seus olhos.

Ela e o marido, de 31 anos, ambos afro-americanos, vão votar em Biden.

Durante 40 anos, o condado de Cobb votou nos republicanos até 2016, quando optou por Hillary Clinton.

Atlanta é a "capital negra", continua Jamal Jenkins, sobre a cidade que deu origem a Martin Luther King. "Estamos tentando nos mobilizar para nos fazer ouvir".

Com um afro-americano em cada três e uma população cada vez mais jovem, diversa e com título de eleitor na área de Atlanta (10,6 milhões de residentes), desta vez, há "muito poucos eleitores indecisos", apenas 4%, afirma Trey Hood, professor de Ciência Política na Universidade da Geórgia.

"Para os partidos, trata-se, portanto, de mobilizar, não de persuadir", completou.

Trump fez um grande comício em Macon, ao sul de Atlanta, em meados de outubro e, em setembro, já havia estado na região para lançar um programa de ajuda empresarial para afro-americanos.

Biden, enquanto isso, visitará "Peach State" nesta terça-feira, e sua companheira de chapa, Kamala Harris, a primeira candidata negra à vice-presidência, esteve por lá na última sexta.

"Quando votamos, ganhamos!", disse ela diante de um grupo de moradores, em sua maioria negros.

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