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Democratas pressionam por reformas antirracistas em meio a protestos nos EUA

Os democratas prometeram neste domingo (7) pressionar a aprovação de normativa que elimine o racismo sistêmico das forças policiais dos Estados Unidos, à medida que a luta provocada pelo assassinato de George Floyd, um afro-americano, por um policial branco passa das ruas para a esfera política

AFP
07/06/2020 às 18:05.
Atualizado em 27/03/2022 às 21:23

Os democratas prometeram neste domingo (7) pressionar a aprovação de normativa que elimine o racismo sistêmico das forças policiais dos Estados Unidos, à medida que a luta provocada pelo assassinato de George Floyd, um afro-americano, por um policial branco passa das ruas para a esfera política.

Depois de mais um dia de protestos predominantemente pacíficos nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump determinou que as tropas da Guarda Nacional comecem a se retirar da capital, Washington.

Novos protestos eram aguardados em dezenas de cidades neste domingo, em um momento em que os manifestantes começam a concentrar sua indignação pela morte de Floyd exigindo reforma policial e justiça social.

A dureza com que Trump decidiu sufocar os protestos continuava gerando críticas excepcionais dos principais oficiais militares reformados, um grupo que normalmente se abstém de criticar um líder civil, o que reflete um aprofundamento das tensões entre o Pentágono e a Casa Branca.

Condoleezza Rice, que sucedeu Powell como secretária de Estado durante a Presidência de George W. Bush (2001-2009), disse à emissora CBS que aconselharia Trump a não empregar militares da ativa para conter os protestos pacíficos.

"Este não é um campo de batalha", disse Rice, a primeira mulher afro-americana a ser secretária de Estado.

Mas os funcionários da administração voltaram a defender sua abordagem repressiva dos distúrbios e o secretário interino de segurança nacional, Chad Wolf, disse à ABC que Washington tinha se transformado em "uma cidade fora de controle".

Wolf atribuiu a diminuição da violência ao "que fez a administração" Trump e negou um problema de racismo sistêmico entre a polícia.

Embora o governo ainda não tenha proposto nenhuma mudança de política específica em resposta à indignação generalizada pela morte brutal de Floyd em Minneapolis, Minnesota, espera-se que o Caucus Negro do Congresso (CBC), formado por membros do Partido Democrata, apresentem uma legislação desenhada para que a polícia seja mais responsabilizada legalmente de suas ações.

Entre outras coisas, espera-se que esta nova lei inclua medidas como facilitar os processos contra os agentes da polícia por incidentes mortais; proibir o tipo de tática de imobilização que levou Floyd à morte por asfixia; exigir o uso em nível nacional de câmeras corporais pelos policiais e estabelecer uma base de dados nacional para registrar má-conduta policial.

Uma integrante dessa assembleia, a legisladora pelo estado da Flórida Val Demings, que pode ser colega da chapa presidencial de Biden, explicou neste domingo algumas das mudanças que seriam necessárias.

"Temos muito trabalho a fazer e o racismo sistêmico é sempre o fantasma", disse Demings, ex-chefe da polícia de Orlando, na Flórida, à emissora ABC.

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