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Dezenas de mortos em escalada de combates no Iêmen

Os combates das últimas 24 horas no norte do Iêmen deixaram dezenas de mortos e feridos, segundo fontes do governo, devido a uma ofensiva dos rebeldes houthis contra uma região em mãos de forças pró-governo

AFP
12/02/2021 às 14:33.
Atualizado em 23/03/2022 às 17:46

Os combates das últimas 24 horas no norte do Iêmen deixaram dezenas de mortos e feridos, segundo fontes do governo, devido a uma ofensiva dos rebeldes houthis contra uma região em mãos de forças pró-governo.

A guerra no Iêmen é travada há mais de seis anos pelos rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, contra as forças do governo, apoiadas desde 2015 por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita.

Os rebeldes se apoderaram de importantes regiões do oeste e do norte do país, incluindo a capital Sanaa.

"Dezenas de pessoas morreram ou ficaram feridas em ambos os lados, a maioria deles houthis afetados por bombardeios aéreos", declarou uma fonte governamental à AFP nesta sexta-feira (12).

Os rebeldes atacaram tropas pró-governo na quinta-feira à noite com um míssil balístico nos arredores de Marib, "matando oito soldados e ferindo muitos outros", acrescentou a fonte.

Segundo fontes militares do governo, houve vários bombardeios aéreos da coalizão saudita contra os houthis perto de Marib, matando todos os passageiros a bordo de oito veículos procedentes de Sanaa.

A região de Marib é um dos poucos bastiões pró-governo no norte do país, onde os houthis conseguiram se impor quase totalmente desde 2014.

Nos últimos dias, os rebeldes multiplicaram os ataques nesta região e também contra a Arábia Saudita.

Na quinta-feira, o reino saudita anunciou que havia interceptado um míssil balístico e dois drones lançados contra seu território pelos rebeldes houthis do Iêmen, um dia depois de um ataque dos rebeldes contra um aeroporto saudita.

O aumento dos ataques ocorre dias depois de Estados Unidos decidir remover os rebeldes houthis de sua lista de organizações terroristas na próxima terça-feira e retomar os esforços para encerrar a guerra iniciada há seis anos.

"As revogações estão destinadas a garantir que as políticas americanas de relevância não impeçam a assistência para aqueles que já sofrem o que se considera a pior crise humanitária do mundo", disse o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, em um comunicado nesta sexta-feira.

Blinken manteve o prometido, apesar da condenação americana ao ataque com drone no aeroporto internacional de Abha, na Arábia Saudita na quarta-feira.

"Estados Unidos mantém a clareza sobre as ações malignas e as agressões de Ansar Allah", afirmou Blinken referindo-se ao movimento houthi pelo seu nome formal.

E acrescentou que as sanções individuais para os líderes houthis continuarão vigentes.

A guerra no Iêmen causou dezenas de milhares de mortes e deixou milhões de deslocados, segundo organizações internacionais, e provocou a pior crise humanitária atual no mundo, segundo a ONU.

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