INTERNACIONAL

Dezenas de sobreviventes resgatados após terremoto na ilha indonésia Celebes

Os socorristas resgataram neste sábado (16) ao menos dez sobreviventes entre os escombros, um dia após o forte terremoto que atingiu a ilha indonésia Célebes na sexta-feira e que deixou dezenas de mortos e mais de 10

AFP
16/01/2021 às 12:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 22:16

Os socorristas resgataram neste sábado (16) ao menos dez sobreviventes entre os escombros, um dia após o forte terremoto que atingiu a ilha indonésia Célebes na sexta-feira e que deixou dezenas de mortos e mais de 10.000 afetados.

Ao menos 46 pessoas morreram no terremoto de magnitude 6,2 que aconteceu na madrugada de sexta-feira e gerou pânico entre os habitantes do oeste da ilha de Celebes, que já viveu outra catástrofe em 2018.

Dezenas de corpos foram recuperados até agora entre os escombros de prédios derrubados em Mamuju, a capital provincial do oeste de Celebes, assim como no sul da regão, onde houve uma forte réplica neste sábado pela manhã.

Aviões e barcos chegavam a Célebes com suprimentos e material de emergênia. A Marinha enviou um navio medicalizado para apoiar os dois únicos hospitais que ainda funcionam em Mamuju, que estão lotados por feridos, segundo a imprensa local. As autoridades informaram que há ao menos 190 feridos graves.

As autoridades não especificaram quantas pessoas podem estar presas sob os edifícios derrubados, mas neste sábado conseguiram resgatar com vida "ao menos dez pessoas", disse um responsável dos socorristas.

Um deles foi Ice, habitante de Mamuju, que ficou soterrado nos escombros de sua casa junto com sua família. Neste sábado, ouviu vozes de pessoas buscando sobreviventes.

"Gritavam: "Há alguém vivo?" e respondi "sim, estou vivo" e conseguiram chegar até mim", contou este homem, que teve um braço quebrado.

Mas a falta de materiais dificulta os esforços dos resgatistas para tirar as vítimas dos escombros. Enquanto isso, milhares de habitantes buscam um teto em abrigos precários ou em barracas, devido às intensas chuvas. Calcula-se que cerca de 15.000 pessoas perderam suas casas ou não podem voltar para elas.

"Estamos sem comida. Ainda não chegou a ajuda do governo", disse à AFP Desti, de 24 anos, que teve que sair quase fugindo de sua casa, muito perto do epicentro do terremoto.

"Precisamos de mantas e colchões. Algumas pessoas estão dormindo sobre folhas de coqueiro", explica esta jovem, que como muitos indonésios tem só um nome. A mulher destaca que muitas famílias temem voltar para casa por medo das réplicas.

O papa Francisco disse estar "triste" pelo terremoto e enviou sua "solidariedade" a todos os afetados, segundo um comunicado do Vaticano. "Reze pelo descanso dos mortos, pela recuperação dos feridos e pela consolação de todos os que estão de luto".

O terremoto também provocou deslizamentos de terra que cortaram o acesso a uma das principais estradas da província.

A agência meteorológica e geofísica alertou sobre a possibilidade de novos tremores e pediu aos habitantes que evitem a beira do mar por causa do risco de tsunami.

A ONG Save the Children pediu que se cuide em particular dos mais jovens. "Embora ainda se desconheça a magnitude da catástrofe, sabemos que as crianças são geralmente os mais vulneráveis depois de um desastre".

"É essencial que a resposta prioritária se concentre nas crianças, que viram a morte de familiares ou foram separadas de seus pais", acrescentou.

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