Homenagem

Dia do Médico abre as portas para diversas abordagens sobre a profissão

O pneumologista Tufi Chalita entende que a vida está ficando cada dia mais complexa e instável para ambos os lados e é impossível o médico não enveredar pelo caminho das especializações

Romualdo Cruz Filho
18/10/2022 às 08:31.
Atualizado em 18/10/2022 às 08:32
‘Ser médico tornou-se uma profissão desafiadora, que exige postura consciente dessa dinâmica do mundo e seus impactos na saúde das pessoas’ (Divulgação)

‘Ser médico tornou-se uma profissão desafiadora, que exige postura consciente dessa dinâmica do mundo e seus impactos na saúde das pessoas’ (Divulgação)

Hoje é Dia do Médico, uma data comemorada em todo o país. Seja na UPA do Sistema Único de Saúde, seja no consultório mais renomado, é ao profissional à sua frente que você deposita a esperança de uma solução para o seu problema. Mas o que é ser médico nos dias atuais?

Pelo lado do paciente há o medo, a insegurança em relação ao que pode estar acontecendo consigo, há a situação financeira e familiar, as crenças e hábitos que potencializam o que sente. Por parte do médico está o desafio dos novos diagnósticos, das novas tecnologias, das particularidades de cada caso, da necessidade de ser preciso ou ter elementos suficientes para um diagnóstico mais próximo da causa.

O pneumologista Tufi Chalita entende que a vida está ficando cada dia mais complexa e instável para ambos os lados e é impossível o médico não enveredar pelo caminho das especializações, sem perder a visão do problema como um todo. "Ser médico tornou-se também uma profissão desafiadora, que exige postura consciente dessa dinâmica do mundo e seus impactos na saúde das pessoas". Para enfrentar tamanho teste de obstáculos, ele observa que não basta ser médico. "É preciso ser conselheiro, padre, pastor, psicólogo, psiquiatra, enfim, precisa ter múltiplas atenções sobre aquilo que o paciente traz ao consultório". Pela sua ótica, a abordagem tem que ser "holística", ou seja, uma abordagem que olhe para o paciente como ser humano e seus problemas, não apenas como um corpo que apresenta dor e febre". Segundo ele, no passado a vida era muito mais simples.

Outro aspecto que destaca é de ordem socieconômica. "Infelizmente a população brasileira continua muito pobre. Por isso ela depende muito do SUS. Temos muito mais gente pobre e paupérrima, o que aumenta as possibilidades de doença em relação ao passado. Os recursos governamentais para a saúde vão minguando e não melhorando. Essa é uma tendência que precisa ser estancada e revertida, pelo bem de toda a sociedade".

Com 39 anos em atividade, Chalita observa que os médicos estão em busca de especialização. É muito difícil hoje em dia sair da universidade e já começar a medicar. Isso é praticamente impossível sem uma especialidade, uma pós-graduação. É o estudo necessário para se ter a maior possibilidade de acerto possível, porque a ciência ficou muito sofisticada. O médico não pode nunca deixar de estudar para se aperfeiçoar e entender as novas técnicas, os novos recursos e medicamentos que vão surgindo. É uma profissão em constante evolução". 

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por