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Diretor do Butantan confirma que taxa de eficácia geral da Coronavac em 50,38%

A taxa de eficácia geral da Coronavac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, é de 50,38%

Estadão Conteúdo
12/01/2021 às 15:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 22:55

A taxa de eficácia geral da Coronavac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, é de 50,38%. A taxa que considera a análise de todos os voluntários infectados pela covid-19 foi revelada nesta terça-feira, 12, durante entrevista coletiva, pelo diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palácios. Ele explicou que essa é a eficácia geral da vacina nos estudos de fase 3.

O número é inferior ao apresentado na semana passada pelo governo paulista, de 78%, pois, como o Estadão revelou, a taxa referia-se somente a um recorte do estudo: ao grupo de voluntários que manifestaram casos leves de covid, mas com necessidade de atendimento médico.

A taxa de eficácia geral é o principal indicador medido pelo estudo da Coronavac (o chamado desfecho primário), segundo protocolo da pesquisa. Embora inferior à primeira taxa divulgada, o índice de 50,38% não deve impedir a aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que exige eficácia mínima de 50%.

Atraso no uso

Um pouco antes do anúncio de Ricardo Palácios, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, questionou o prazo para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analise o uso emergencial da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida em parceria com a chinesa Sinovac. "Por que atrasar o uso da Coronavac?", afirmou. "Ela tem segurança e eficácia", completou Covas.

Durante o anúncio nesta tarde, Covas relembrou que a vacina foi duramente criticada por conta da origem, uma vez que foi desenvolvida em parceria com uma farmacêutica chinesa. "Isso é uma virtude", disse o diretor do instituto. "Se isso não tivesse acontecido, não teríamos milhões de doses na prateleira esperando uso", afirmou.

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