INTERNACIONAL

Diretora de 'Nomadland', Choé Zhao faz história em Oscar marcado pela pandemia

Chloé Zhao se tornou neste domingo (25) a primeira asiática e a segunda mulher a ganhar o Oscar de melhor direção por seu filme, "Nomadland", em uma cerimônia peculiar em Hollywood, marcada pela pandemia

AFP
30/04/2021 às 14:55.
Atualizado em 22/03/2022 às 03:49

Chloé Zhao se tornou neste domingo (25) a primeira asiática e a segunda mulher a ganhar o Oscar de melhor direção por seu filme, "Nomadland", em uma cerimônia peculiar em Hollywood, marcada pela pandemia.

O drama sobre as pessoas de poucos recursos que percorre o território americano em caminhonetes chegou como o favorito da noite, celebrado presencialmente e ao vivo na estação ferroviária do histórico centro de Los Angeles.

"Isto é para qualquer um que tenha fé e a coragem de se agarrar à bondade em seu interior. E se agarrar à bondade dos demais", disse Zhao ao receber o prêmio, após chegar ao tapete vermelho junto com "nômades" da vida real, que interpretam versões ficcionais de si mesmos no filme.

Nascida em Pequim, Zhao é a primeira asiática contemplada como diretora e a segunda mulher a fazê-lo depois de Kathryn Bigelow, que recebeu a estatueta dourada em 2012 por "Guerra ao Terror".

O prêmio de atriz coadjuvante foi, como se esperava, para a sul-coreana Youn Yuh-jung, pelo retrato da avó em "Minari", um drama autobiográfico sobre uma família coreana que migra para os Estados Unidos.

Youn recebeu o prèmio das mãos do ator Brad Pitt, a quem disse: "Finalmente! Um prazer conhecê-lo. Onde você estava quando estávamos filmando?".

Em um apreciado discurso, ela disse que não acreditava nas competições e que não fazia sentido vencer Glenn Close, que voltou a perder o prêmio da Academia após ter sido indicada oito vezes.

"Interpretamos papéis diferentes, não podemos competir uma com a outra. Esta noite tive um pouco de sorte", acrescentou.

O diretor dinamarquês Thomas Vinterberg recebeu o Oscar de melhor filme internacional por "Druk - Mais uma rodada", com uma homenagem emocionante à filha, Ida, morta em um acidente de carro pouco depois do início das filmagens, em maio de 2019.

"Acabamos fazendo este filme para ela, como um monumento para ela", disse, com lágrimas nos olhos, o diretor desta comédia dramática sobre os altos e baixos do alcoolismo.

Daniel Kaluuya, ganhador como ator coadjuvante por "Judas e o Messias Negro", recebeu depois a estatueta dizendo que se sentia "feliz por estar vivo".

O filme "Soul", da Pixar, que explora o sentido da vida, levou a estatueta de melhor filme de animação, enquanto "Professor Polvo", da Netflix, ganhou o de melhor documentário.

A atriz e diretora Regina King marcou o início da cerimônia heterodoxa dizendo que os convidados, a maioria dos quais não usava máscaras, "haviam sido vacinados, testados, testados de novo, estão socialmente distanciados e seguem protocolos rigorosos".

"Estamos de luto pela perda de muitos", afirmou.

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