Dois policiais que estavam em patrulha foram espancados e baleados por estranhos que roubaram suas armas na noite de quarta-feira (7) na região de Paris, um ato de "violência inacreditável" - declarou o ministro do Interior, Gerald Darmanin
Dois policiais que estavam em patrulha foram espancados e baleados por estranhos que roubaram suas armas na noite de quarta-feira (7) na região de Paris, um ato de "violência inacreditável" - declarou o ministro do Interior, Gerald Darmanin.
Membros da polícia judiciária de Cergy-Pontoise, as duas vítimas com 30 e 45 anos "foram apanhadas de surpresa" por volta das 20h30 GMT (17h30 de Brasília), enquanto estavam de vigília em seu carro não identificado, informaram nesta quinta-feira fontes policiais.
Ambos foram hospitalizados em Paris.
Um dos policiais, atingido por quatro balas, está entre a vida e a morte, acrescentaram fontes da corporação.
O segundo policial, ferido de forma mais leve, recebeu dois impactos na coxa e na perna, mas sua vida não corre perigo.
De acordo com as mesmas fontes, três pessoas são procuradas por este atentado ocorrido em uma área comercial, entre uma gráfica e uma empresa de manutenção.
Uma das fontes relatou que essas três pessoas chegaram perto do veículo dos agentes, pensando se tratar de "viajantes".
Uma vez que os agentes se recusaram a dizer que eram policiais, os criminosos retiraram-nos do carro e lançaram o ataque.
"Eles pensaram que eram ciganos disfarçados de policiais", afirmou outra fonte policial.
"Eles foram tirados do carro, espancados e baleados e tiveram suas armas de serviço roubadas", disse Ludovic Collignon, do sindicato policial Alliance.
O policial em condição mais grave de saúde sofreu ferimentos no abdômen, joelho e coxas, além de uma fratura no crânio. Inconsciente, foi levado para o hospital.
"Apoio total para nossos 2 policiais atacados violentamente na noite passada em Val d-Oise durante seu serviço", tuitou o ministro Darmanin.
"Esses atos - tiros contra nossas forças de segurança - são de uma violência inacreditável. Tudo está sendo feito para encontrar seus autores", acrescentou.
Esta agressão atraiu muitas condenações políticas, com a direita e a extrema direita criticando a frouxidão do governo.
A líder da extrema direita, Marine Le Pen, atacou o Executivo. "O que deve ser feito para que o governo leve a sério a situação e declare uma grande virada contra o crime?".
Na emissora Europe 1, o presidente dos Republicanos (direita), Christian Jacob, acusou Emmanuel Macron e o governo de "frouxidão, falta de reação".