INTERNACIONAL

Dois russos e um americano em missão à ISS em homenagem ao voo de Gagarin

Dois cosmonautas russos e um astronauta americano decolaram nesta sexta-feira (9) rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), uma missão que celebra o 60º aniversário do envio do primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin

AFP
09/04/2021 às 06:22.
Atualizado em 22/03/2022 às 00:52

Dois cosmonautas russos e um astronauta americano decolaram nesta sexta-feira (9) rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), uma missão que celebra o 60º aniversário do envio do primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin.

O lançamento do foguete Soyuz aconteceu às 7h42 GMT (4h42 de Brasília), da base russa de Baikonur (Cazaquistão).

Para a ocasião, o lançador estava decorado com o perfil de Gagarin, cujo voo lendário aconteceu em 12 de abril de 1961.

"Todos os parâmetros estão dentro do normal", destacou o centro de controle.

Nove minutos depois da decolagem, o Soyuz, batizado para a ocasião com o nome Gagarin, se separou sem problemas a uma altitude de 200 km.

Oleg Novitski e Piotr Dubrov, da agência russa Roscosmos, e Mark Vande Hei, da Nasa, permanecerão seis meses na ISS. A cápsula deve se acoplar à estação pouco depois das 11h00 GMT (8h00 de Brasília).

Durante a tradicional entrevista coletiva antes da viagem, os três afirmaram que celebrarão, em 12 de abril, as conquistas do ilustre antecessor.

"Vamos celebrar juntos", disse Piotr Dubrov, de 43 anos, que está em sua primeira missão espacial. "E vamos trabalhar duro", completou.

Todos os anos a Rússia comemora o aniversário do voo de Gagarin com grande devoção e enorme orgulho. Flores são colocadas nos vários monumentos em sua memória no país.

Nesta sexta-feira, os dois russos e o americano decolaram de Baikonur, como Gagarin, mas de uma plataforma de lançamento diferente. A utilizada pelo pioneiro está em reformas, pelo menos até 2023, para poder receber uma nova geração de foguetes Soyuz.

A missão de Gagarin, que durou 108 minutos, foi uma grande vitória para a União Soviética na disputa pelo espaço em que enfrentava os Estados Unidos.

Em seu retorno, o cosmonauta foi utilizado pela propaganda soviética até sua morte trágica, em um acidente de avião em circunstâncias obscuras, em 1968.

As celebrações da missão de Gagarin, no entanto, não escondem as dificuldades do setor espacial russo.

Embora tenha grande experiência e material confiável, como o lendário Soyuz, que data da época soviética, a Rússia tem dificuldades para inovar e registrou vários problemas técnicos em missões recentes, assim como problemas de financiamento e corrupção.

No ano passado, o país perdeu o monopólio das viagens para a ISS e agora compete com a SpaceX, a empresa de Elon Musk. Uma nova realidade que pode reduzir a receita da Roscosmos, que até agora faturava milhões de dólares da NASA por cada missão à ISS.

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