INTERNACIONAL

Duas décadas de relações tensas entre Putin e os presidentes dos EUA

Rotulado por Joe Biden como um "assassino" que terá de "pagar" por sua interferência nas eleições dos Estados Unidos, Vladimir Putin manteve relações tensas com todos os cinco presidentes dos Estados Unidos desde que assumiu o poder no final de 1999

AFP
19/03/2021 às 07:11.
Atualizado em 22/03/2022 às 04:29

Rotulado por Joe Biden como um "assassino" que terá de "pagar" por sua interferência nas eleições dos Estados Unidos, Vladimir Putin manteve relações tensas com todos os cinco presidentes dos Estados Unidos desde que assumiu o poder no final de 1999.

Se os contatos entre Boris Yeltsin e seu homólogo americano Bill Clinton foram calorosos, velados pelos planos de expansão da OTAN para o leste, foi a guerra do Kosovo que estragou a lua de mel pós-Guerra Fria.

Assim que Yeltsin renunciou, em 31 de dezembro de 1999, Washington já suspeitava de seu sucessor, Vladimir Putin.

Ele é "um homem duro ... muito determinado, voltado para a ação", disse a chefe da diplomacia americana, Madeleine Albright, em 2 de janeiro. "Teremos que monitorar suas ações com muito cuidado", acrescentou.

No entanto, na primeira cúpula Clinton-Putin em junho de 2000, o americano elogiou publicamente um presidente capaz de construir uma "Rússia próspera e forte, ao mesmo tempo protegendo as liberdades e o Estado de direito".

Ao final de sua primeira reunião, em 16 de junho de 2001, George W. Bush disse: "Pude ver sua alma, a de um homem profundamente dedicado ao seu país ... Eu o considero um líder extraordinário".

Após os ataques de 11 de setembro de 2001, Putin imediatamente ofereceu ao presidente Bush sua solidariedade na "guerra ao terrorismo".

Em dezembro de 2001, Washington se retirou do tratado de mísseis antibalísticos ABM de 1972 para criar um escudo antimísseis na Europa Oriental, denunciado por Moscou.

Em 2003, Moscou condenou a invasão do Iraque pelos Estados Unidos e, um ano depois, denunciou a influência de Washington na "revolução laranja" da Ucrânia.

Em 2009, o presidente Obama lançou o conceito de um "reinício" dessa relação. Um ano antes, Putin havia se tornado primeiro-ministro de seu protegido Dmitri Medvedev.

Pouco antes de sua primeira visita à Rússia em julho de 2009, Obama disse que Putin "tem um pé na velha maneira de fazer negócios e outro na nova".

Apesar dos sucessos iniciais - incluindo a assinatura de um novo tratado de desarmamento nuclear em 2010 - a tentativa enfraquece.

Em agosto de 2013, Moscou concedeu asilo político ao fugitivo americano Edward Snowden. Dias depois, Obama cancela uma cúpula com Putin, lamentando o retorno a "uma mentalidade da Guerra Fria".

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