INTERNACIONAL

Dúvidas sobre o desconfinamento aumentam ante uma pandemia que não dá trégua

Vários países adotaram medidas de desconfinamento ante a necessidade de reativar suas economias, apesar do grande receio de uma segunda onda de infecções, depois mais de 274

AFP
13/05/2020 às 06:27.
Atualizado em 30/03/2022 às 00:00

Vários países adotaram medidas de desconfinamento ante a necessidade de reativar suas economias, apesar do grande receio de uma segunda onda de infecções, depois mais de 274.000 mortes foram provocadas no mundo pela pandemia, que não cede nos Estados Unidos ou no Brasil.

Neste sábado, o presidente russo Vladimir Putin celebrou em Moscou o 75º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial e homenageou as vítimas e os veteranos. Sua imagem solitária, depositando rosas no túmulo do soldado desconhecido, reflete perfeitamente a crise que afeta o planeta.

"Sabemos e acreditamos firmemente que somos invencíveis quando estamos unidos", afirmou Putin em um breve discurso.

A Rússia registra pouco mais de 10.000 novos contágios por dia e aumentou as medidas de prevenção. O país tem agora 198.676 casos detectados e 1.827 mortes.

Em outros países, a asfixia econômica obriga a pensar em um retorno progressivo, mas extremamente cauteloso, à normalidade.

Na China, onde a pandemia surgiu em dezembro, o governo autorizou, com várias condições, a reabertura de centros comerciais, restaurantes, cinemas, instalações esportivas, locais turísticos e bibliotecas.

Na Europa, o continente mais afetado pela doença, com 153.000 mortos, países como Alemanha, Itália, Espanha e França começam a sair do confinamento, mas sem muitas certezas e com várias dúvidas.

A Comissão Europeia pediu na sexta-feira aos 27 países membros da UE que não permitam as entradas em seu território até 15 de junjo.

Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu uma grande prudência porque existe um elevado risco de uma segunda onda de contágios, caso as regras de higiene e distanciamento social não sejam respeitadas.

Na Espanha, com exceção de Madri e Barcelona, as zonas mais afetadas, os cidadãos poderão se reunir a partir de segunda-feira em grupos de até 10 pessoas, permanecer em terraços com capacidade limitada ou visitar lojas sem a necessidade de agendamento.

O governo também permitirá enterros e velórios.

"Agora, a disciplina social é mais necessária do que nunca", advertiu o ministro da Saúde, Salvador Illa.

A Espanha, com mais de 26.000 mortes provocadas pelo coronavírus, prevê um plano de desconfinamento por fases até o fim de junho.

Na Alemanha, onde a flexibilização do confinamento já começou, o campeonato de futebol (Bundesliga) vai recomeçar. Na França, o primeiro-ministro Edouard Philippe insistiu que "a vida depois de 11 de maio", data em que começará uma volta progressiva à normalidades, "não será como antes".

O país reabre parcialmente as escolas na segunda-feira, um quebra-cabeça para as autoridades educacionais e que provoca inquietação nas famílias.

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