INTERNACIONAL

Dúvidas sobre realização dos Jogos de Tóquio persistem mais do que nunca

O Japão negou veementemente na semana passada as informações segundo as quais estaria estudando um cancelamento das Olimpíadas de Tóquio, já adiadas no ano passado devido à pandemia

AFP
26/01/2021 às 22:44.
Atualizado em 23/03/2022 às 19:05

O Japão negou veementemente na semana passada as informações segundo as quais estaria estudando um cancelamento das Olimpíadas de Tóquio, já adiadas no ano passado devido à pandemia. Mas a seis meses da abertura prevista, as dúvidas persistem.

No momento em que o país, parcialmente em estado de emergência, enfrenta uma violenta terceira onda de infecções por covid-19, essas são as principais questões que se colocam em relação a um eventual cancelamento.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, repetiu na sexta-feira que está "determinado" a organizar os Jogos este ano, enquanto um porta-voz do governo disse que "nada é verdadeiro" nas reportagens do jornal britânico The Times, segundo as quais o Japão já teria secretamente desistido da realização do evento.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, havia afirmado na véspera que "não tinha motivos para acreditar que as Olimpíadas de Tóquio não serão abertas em 23 de julho", admitindo, entretanto, que um número limitado de espectadores, inclusive a não presença de público, eram opções possíveis.

A decisão sobre a eventual presença do público, inclusive de espectadores vindos do exterior, deve ser tomada nos próximos meses.

A pressão dos atletas foi vista como o gatilho para o adiamento em março de 2020, pouco antes da histórica decisão do COI de adiar os Jogos por um ano.

Desta vez, vários comitês olímpicos nacionais anunciaram que se preparam para enviar seus atletas ao Japão, conforme planejado, e a campeã olímpica grega de salto com vara Katerina Stefanidi, uma das líderes do movimento esportivo que defendeu o adiamento dos Jogos no ano passado, é favorável à sua manutenção em 2021, até com portões fechados, se for necessário.

A ginasta americana Simone Biles também espera que os Jogos ocorram, "mesmo que você tenha que estar em uma bolha".

No entanto, a ginasta japonesa Kohei Uchimura acredita que isso só faria sentido se a opinião pública japonesa, que atualmente se opõe à manutenção dos Jogos este ano, mudar de ideia.

Os organizadores reavaliaram o orçamento dos Jogos em dezembro para 13 bilhões de euros (15,8 bilhões de dólares), 2,3 bilhões de euros (2,795 milhões de dólares) a mais do que a estimativa anterior, devido a custos de postergação e medidas sanitárias.

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