O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (5) que os novos dados sobre emprego marcaram um "grande dia" para George Floyd, o homem cujo assassinato na semana passada provocou protestos violentos em todo o país contra a brutalidade policial dirigida a afro-americanos
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (5) que os novos dados sobre emprego marcaram um "grande dia" para George Floyd, o homem cujo assassinato na semana passada provocou protestos violentos em todo o país contra a brutalidade policial dirigida a afro-americanos.
Onze dias após a morte de Floyd, sufocado por um policial branco durante sua prisão em Minneapolis, Trump disse que essa violência não pode ocorrer.
No entanto, declarou: "Espero que George esteja olhando para baixo agora e dizendo que isto é grandioso para o nosso país".
"É um ótimo dia para ele. É um ótimo dia para todos", disse o presidente.
Aparentemente, Trump estava se referindo a um aumento no emprego.
O Departamento de Trabalho informou que o país ganhou 2,5 milhões de empregos em maio e a taxa de desemprego caiu para 13,3% após as altas taxas registradas nos meses anteriores, devido à pandemia de coronavírus.
Trump afirmou que seu governo fez mais pelos afro-americanos do que os presidentes anteriores, incluindo a redução da taxa de desemprego nesta parte da população.
No entanto, o relatório de desemprego divulgado nesta sexta-feira apontou que, para os negros, a desocupação subiu ligeiramente para 16,8%. "Este é um ótimo, ótimo dia em termos de igualdade", disse ele.
"As últimas palavras de George Floyd - "Não consigo respirar, não consigo respirar" - ressoaram em todo o país", reagiu Joe Biden, o oponente democrata de Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro.
"Que o presidente tente colocar palavras na boca de George Floyd é totalmente desprezível", acrescentou o ex-vice-presidente em um discurso.
Desde a morte de Floyd em Minneapolis, em 25 de maio, e protestos subsequentes, inicialmente marcados por saques e tumultos em muitas cidades americanas, Trump deu preferência a uma resposta marcial.
Ele se apresentou como presidente da "lei e ordem" e ameaçou enviar o exército para as ruas para reprimir os protestos.
Nesta sexta-feira, ele retomou seu chamado para "dominar as ruas", criticando os governadores estaduais que se recusam a chamar a Guarda Nacional.
Essa postura levou a críticas sem precedentes de ex-chefes do Exército, incluindo o ex-secretário de Defesa, Jim Mattis.
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