INTERNACIONAL

Eleições bolivianas adiadas para outubro devido à pandemia

O Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) da Bolívia adiou para 18 de outubro as eleições presidenciais e legislativas do país, que seriam realizadas em 6 de setembro, em uma segunda mudança motivada pela emergência do coronavírus

AFP
23/07/2020 às 18:38.
Atualizado em 25/03/2022 às 18:42

O Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) da Bolívia adiou para 18 de outubro as eleições presidenciais e legislativas do país, que seriam realizadas em 6 de setembro, em uma segunda mudança motivada pela emergência do coronavírus.

O TSE "decidiu marcar o dia da votação das eleições gerais de 2020 no domingo, 18 de outubro", anunciou seu presidente, Salvador Romero, alegando que os relatórios médicos indicam que a pandemia terá seus picos mais altos no final de agosto e início de setembro.

Programadas inicialmente para maio, as eleições substituem as de outubro de 2019, que foram canceladas por acusações de fraude, que levaram à renúncia e saída do país do ex-presidente de esquerda Evo Morales.

O candidato de Morales, o economista Luis Arce, lidera as intenções de voto, seguido pelo ex-presidente centrista Carlos Mesa. Atrás está a presidente interina de direita, Jeanine Áñez, e há também outros cinco candidatos minoritários.

Áñez e vários ministros contraíram o coronavírus.

"A data definitiva da eleição proporciona melhores condições para a proteção da saúde, as instalações de votação no exterior e a chegada de missões internacionais de observação", argumentou o presidente do TSE.

Romero disse que um eventual segundo turno deve ocorrer em 29 de novembro e a posse das novas autoridades em dezembro.

O titular do TSE afirmou que a decisão é "resultado de considerações legais, científicas e políticas".

Ao contrário do que fez anteriormente para fixar a data das eleições, desta vez o TSE não consultou os partidos nem planeja buscar o endosso do Congresso, segundo Romero.

"Esta resolução é suficiente para o corpo eleitoral definir esta nova data. Esta resolução não requer a aprovação da Assembleia Legislativa", afirmou ele em entrevista coletiva.

Segundo Romero, o TSE "tem plena competência constitucional e legal para definir a data da eleição. Estamos agindo no âmbito de nossas competências e no âmbito da lei", ressaltou.

"Desta vez, não foi realizado o processo específico de entendimento entre as organizações políticas", afirmou ele, destacando "as polarizações latentes e graves" que estão agitando a Bolívia.

No contexto dessa polarização, as opiniões sobre o adiamento das eleições se dividem.

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