A rainha Elizabeth II exortará no domingo o enfrentamento ao surto do coronavírus com força, autodisciplina e companheirismo, em um discurso incomum que dirigirá ao Reino Unido e às nações da Commonwealth
A rainha Elizabeth II exortará no domingo o enfrentamento ao surto do coronavírus com força, autodisciplina e companheirismo, em um discurso incomum que dirigirá ao Reino Unido e às nações da Commonwealth.
Em trechos publicados neste sábado de um discurso "profundamente pessoal", a monarca de 93 anos dirá que tem fé em que a população vai reagir, apesar das dificuldades.
Esta é a quarta vez em seus 68 anos de reinado que Elizabeth II pronuncia um discurso televisionado especial, além das mensagens anuais de Natal. A transmissão será às 19h GMT (16h de Brasília).
O Reino Unido registrou neste sábado (4) um recorde de 708 mortes diárias por coronavírus, inclusive um menino de cinco anos, o que elevou o total de falecidos a 4.313 às vésperas da terceira semana de confinamento.
Segundo o Palácio de Buckingham, a rainha agradecerá pessoalmente ao pessoal sanitário e outros trabalhadores por seus esforços durante a crise.
"Falo a vocês sabendo que é um período cada vez mais desafiador", dirá no discurso, gravado no Castelo de Windsor, a oeste de Londres.
"Um período de alteração na vida do nosso país: uma alteração que causou dor em alguns, dificuldades financeiras para muitos e mudanças enormes na vida cotidiana de todos nós".
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que testou positivo para a COVID-19, pôs seu governo em pé de guerra, pedindo uma resposta coletiva ao surto.
Setecentas e cinquenta mil pessoas responderam à sua convocação por voluntários para dar apoio ao Serviço Nacional de Saúde (NHS). Idosos e pessoas vulneráveis foram colocadas em auto-isolamento.
Empresas e indústria se mobilizaram com nunca desde a Segunda Guerra Mundial.
"Espero que nos próximos anos, todos possam se sentir orgulhosos de como responderam a este desafio", dirá a rainha.
"E os que vierem depois de nós dirão que os britânicos desta geração foram muito fortes".
"Que as qualidades de autodisciplina, de determinação tranquila e com bom humor e de companheirismo ainda caracterizam este país".
A rainha e seu esposo, o príncipe Philip, de 98 anos, se mudaram para o Castelo de Windsor em 19 de março como medida de precaução por sua idade, um fator de risco para a doença.