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Em julgamento no Senado, democratas pedem retirada de direitos políticos de Trump

Donald Trump não deveria ter o direito de poder voltar ao poder, pediram os legisladores democratas no julgamento político do ex-presidente nesta quinta-feira (11), pedindo ao Senado para condená-lo por encorajar a violenta invasão ao Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro

AFP
11/02/2021 às 19:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 17:41

Donald Trump não deveria ter o direito de poder voltar ao poder, pediram os legisladores democratas no julgamento político do ex-presidente nesta quinta-feira (11), pedindo ao Senado para condená-lo por encorajar a violenta invasão ao Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro.

O presidente Joe Biden opinou que as evidências chocantes contra seu antecessor, apresentadas pelos congressistas democratas que atuam como promotores no processo do Senado, podem pesar contra Trump na decisão de alguns republicanos que ainda são leais a ele.

Mas não há indícios de que os democratas estejam perto de reunir os votos dos 17 senadores republicanos necessários para que ele seja condenado.

A Câmara dos Representantes, cuja maioria é democrata, abriu uma ação contra Trump em 13 de janeiro por "incitar a insurreição" durante a passagem de poder na sede do Congresso. No entanto, uma maioria de dois terços é necessária para uma condenação em um Senado com 100 membros, onde os democratas têm 50 cadeiras.

O caos ocorrido em 6 de janeiro deixou cinco mortos, incluindo uma mulher que foi baleada após invadir o Capitólio e um policial morto por uma multidão de apoiadores de Trump que buscavam impedir a certificação da vitória eleitoral de Biden em 3 de novembro.

O congressista Jamie Raskin, à frente da acusação democrata, apresentou provas nesta quinta-feira de que Trump promoveu a violência no passado, usando vídeos com as próprias palavras do ex-presidente.

"Esta insurreição pró-Trump não surgiu do nada", afirmou Raskin.

"Esta não foi a primeira vez que Donald Trump se irritou e incitou uma multidão", acrescentou.

Raskin defende que é imperativo que o Senado condene Trump e o proíba de concorrer novamente à Casa Branca em 2024.

"Há algum líder político nesta sala que acredita que se o Senado o deixar voltar ao Salão Oval, Donald Trump parará de incitar a violência?", questionou Raskin.

"Trump declarou sua conduta "totalmente apropriada"", ressaltou Raskin.

"Portanto, se ele voltar ao cargo e isso acontecer novamente, não teremos ninguém para culpar a não ser a nós mesmos".

A congressista Diana DeGette, outra democrata na acusação, argumentou que Trump foi diretamente responsável pela tentativa de seus partidários de impedir a certificação do Congresso da vitória eleitoral de Biden.

"O líder deles, o homem que os incitou, deve ser responsabilizado", afirmou.

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