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Erdogan propõe ao Iraque erradicar a guerrilha curda PKK

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan convidou nesta quinta-feira (17) o Iraque para erradicar de seu território as milícias curdas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), formação que ele descreve como "inimigo comum", durante uma visita oficial do primeiro-ministro iraquiano Mustafa Al-Kazimi

AFP
17/12/2020 às 14:19.
Atualizado em 23/03/2022 às 23:38

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan convidou nesta quinta-feira (17) o Iraque para erradicar de seu território as milícias curdas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), formação que ele descreve como "inimigo comum", durante uma visita oficial do primeiro-ministro iraquiano Mustafa Al-Kazimi.

"Concordamos em continuar o combate contra nossos inimigos comuns", declarou Erdogan em coletiva de imprensa em Ancara junto com Kazimi.

O presidente turco mencionou não apenas o PKK, mas também o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Nossa região não conhecerá a paz até que o terrorismo seja erradicado. Nosso combate continuará até a erradicação dos grupos terroristas", acrescentou.

Kazimi garantiu que seu país "condena qualquer ação contra a Turquia ou que seja procedente do território iraquiano para atacar a Turquia".

"Colaboramos com a Turquia para enfrentar esses grupos, seja o EI ou qualquer outra organização que ameace a segurança regional", acrescentou, sem mais detalhes.

Essa foi a primeira visita do primeiro-ministro iraquiano a Ancara desde que assumiu o cargo em maio.

A Turquia realiza regularmente ataques aéreos contra as bases do PKK nas áreas montanhosas do norte do Iraque, onde esse grupo armado conta com campos de treinamento e esconderijos de armas.

Às vezes, forças especiais turcas realizam missões de caráter limitado. Essas incursões geram tensão com o governo iraquiano, mas Erdogan garantiu que seu país está disposto a "se ocupar" do PKK no norte do Iraque se Bagdá "não estiver em condições de fazê-lo".

O PKK luta desde 1984 contra Ancara, uma guerra sangrenta que causou mais de 40.000 mortes. Além da Turquia, a União Europeia e Estados Unidos consideram o PKK um grupo terrorista.

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