Entre as melhores do mundo

Esalq tem papel estratégico no crescimento do agronegócio brasileiro

"Por causa da Esalq, Piracicaba se tornou um centro de irradiação permanente de conhecimentos sobre terras tropicais sustentáveis", destaca Rodrigues

Da Redação
05/10/2022 às 10:23.
Atualizado em 05/10/2022 às 10:25
Esalq é considerada como uma das cinco melhores universidades de agronomia do mundo (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Esalq é considerada como uma das cinco melhores universidades de agronomia do mundo (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

O engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues destaca o papel da Esalq. Ele mesmo aluno, pai, filho, sobrinho, avô de 'esalqueanos' e, a partir de 2023, também professor da instituição - no crescimento do agronegócio brasileiro.

Sua atuação na mentoria de projetos de produção de alimentos para o mundo, justamente por ser vanguarda em temas ligados à agricultura, pecuária e ao agronegócio do Brasil, não só no setor primário, mas também industrial e de pesquisas.

E por ser um centro de formação de gente qualificada para as áreas de pesquisa e desenvolvimento, investigação, produção, equipamentos, insumos para o setor industrial com ênfase no setor de origem. 

Graças às tecnologias e conhecimento gerados, Rodrigues lembra que a Esalq é reconhecida mundialmente como um centro irradiador de inteligência do agronegócio, considerada inclusive como uma das cinco melhores universidades de agronomia do mundo, mantendo convênio com universidades de fora do Brasil para formar recursos humanos também estrangeiros.

"E, por causa da Esalq, Piracicaba se tornou um centro de irradiação permanente de conhecimentos sobre terras tropicais sustentáveis, que fizeram do Brasil o que ele é hoje: o quarto maior exportador mundial de produtos agrícolas, o país com o maior salto comercial agrícola do mundo. Tudo isso porque formou gente capaz de cumprir suas condições negociais em todas as cadeias produtivas do agronegócio no país."

Com isso, há décadas, o agronegócio vem sustentando a economia brasileira, seja em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), à geração de empregos ou à participação nas exportações. O agronegócio significa mais de 25% por cento do PIB brasileiro, responde por 20% dos empregos gerados no país. O saldo comercial brasileiro só é positivo por causa do agronegócio e, segundo o especialista, sem ele o país teria déficits comerciais e as reservas já teriam sido queimadas há muito tempo.

Rodrigues lança mão dos números impressionantes que esse setor estratégico acumula. A área plantada com grãos no Brasil, de 1990 até hoje, cresceu 94%. E a produção de grãos cresceu 366%, ou seja, quase quatro vezes mais que a área plantada, resultado da tecnologia gerada nos centros de pesquisa brasileiros, com gente formada em Piracicaba e em escolas similares à Esalq. 

O mesmo acontece com o setor de proteína animal. A produção de frango nesse mesmo período, desde 1990, cresceu 520% e de suínos, 326%.

"Em todos os segmentos do agronegócio brasileiro, a tecnologia floresceu graças aos profissionais formados na nossa gloriosa Esalq e em escolas de agronomia e veterinária similares. No ano 2000, o agronegócio exportou 20,6 bilhões de dólares. No ano passado, 120 bilhões de dólares e agora, em 2022, devemos chegar a 140 bilhões de dólares. Nenhum país consegue ter um crescimento espantoso e tão rápido em tão pouco tempo", avalia.

Para Roberto Rodrigues, isso se deve à ciência, à tecnologia e ao empreendedorismo dos produtores brasileiros, muitos deles oriundos dos bancos da Luiz de Queiroz. "São produtores rurais, lideranças em cooperativas, associações de classe e sindicatos, formados em Piracicaba, que entraram Brasil afora levando a agronomia e a ciência ligadas à atividade rural, para todas as regiões do país, em todas as atividades culturais conhecidas entre nós."

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