As autoridades escocesas impuseram, nesta quarta-feira (2), novas restrições aos contatos sociais em Glasgow e seu entorno para conter um surto de covid-19, enquanto em outras partes do Reino Unido há um flexibilização, no sentido contrário à opinião dos líderes locais
As autoridades escocesas impuseram, nesta quarta-feira (2), novas restrições aos contatos sociais em Glasgow e seu entorno para conter um surto de covid-19, enquanto em outras partes do Reino Unido há um flexibilização, no sentido contrário à opinião dos líderes locais.
Decididas após o registro de mais de 130 novos casos em dois dias na área, as medidas entraram em vigor à meia-noite e afetam cerca de 800 mil pessoas na cidade de Glasgow e seus arredores.
Agora, é proibido receber em casa membros de outra família, mesmo que sejam parentes, ou visitá-los em suas residências.
Para frustração de alguns moradores, que não entendem por que podem se encontrar com parentes e amigos em lugares públicos, mas não em casa, o vice-primeiro-ministro da Escócia, Jon Swinney, explicou, em entrevista à rede BBC nesta quarta, que "as infecções nessa área estão acontecendo entre os lares, e não em pubs e restaurantes", como já havia ocorrido em outras cidades escocesas, como Aberdeen.
Nação de 5,5 milhões de pessoas com autonomia em questões como saúde e educação, a Escócia também introduziu uma quarentena de duas semanas para viajantes da Grécia, devido ao aumento de casos importados de suas ilhas.
Na Inglaterra, restrições semelhantes foram suspensas no dia anterior em Manchester e arredores, mas as autoridades locais disseram, nesta quarta, que é prematuro fazê-lo em pelo menos duas cidades, Bolton e Trafford, onde as infecções continuam a aumentar.
O prefeito da Grande Manchester, Andy Burnham, pediu aos moradores locais que continuem seguindo as medidas, apesar de sua suspensão oficial, e pediu ao governo de Boris Johnson que as imponha na localidade.
País mais atingido pela pandemia na Europa, o Reino Unido tem cerca de 41.500 mortes confirmadas de covid-19. No momento, a política do governo é agir de forma pontual contra o vírus para evitar outro confinamento em nível nacional e suas consequências desastrosas para a economia.
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