INTERNACIONAL

Espanha respira e EUA se preparam para semana de 'horror' por coronavírus

A Espanha observou neste domingo, pelo terceiro dia, uma queda nas mortes pelo novo coronavírus, aumentando as esperanças no sul da Europa, enquanto, os Estados Unidos entravam, segundo o presidente Donald Trump, em uma "semana horrível" e a rainha Elizabeth II pedirá aos britânicos que assumam, unidos, o desafio da pandemia

AFP
05/04/2020 às 12:51.
Atualizado em 31/03/2022 às 04:40

A Espanha observou neste domingo, pelo terceiro dia, uma queda nas mortes pelo novo coronavírus, aumentando as esperanças no sul da Europa, enquanto, os Estados Unidos entravam, segundo o presidente Donald Trump, em uma "semana horrível" e a rainha Elizabeth II pedirá aos britânicos que assumam, unidos, o desafio da pandemia.

Os números implacáveis da Covid-19 não param de crescer. Até hoje, havia mais de 1,2 milhão de infectados, em 190 países, e 65.272 mortos, segundo o último balanço da AFP.

Mais de 47 mil mortos estão na Europa, e Espanha e Itália, os países mais atingidos, registram uma queda na chegada de doentes aos hospitais.

"Começamos a ver uma luz no fim do túnel", disse o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, que prorrogou até 25 de abril o confinamento no país, que já dura três semanas.

As cifras parecem sustentar sua esperança. O país observou hoje, pelo terceiro dia consecutivo, o registro diário mais baixo dos últimos 10 dias, com 674 mortos. Até agora, 12.418 pessoas perderam a vida para a Covid-19 na Espanha.

A Itália, que detém o recorde mundial de 15.362 mortos, também registrou avanços. Ontem, foram 681 mortos, uma queda de mais de 10%, e os pacientes em UTIs caíram para menos de 4 mil pela primeira vez desde o começo da crise.

"É uma notícia importante, porque permite que nossos hospitais respirem", declarou o chefe da Defesa Civil italiana, Angelo Borrelli.

Ao contrário da Espanha e Itália, os Estados Unidos estão em plena explosão da doença, ultrapassando 310 mil casos e 8.500 mortos. O estado de Nova York, epicentro da crise naquele país, teve seu pior dia ontem, com 630 mortos.

No Reino Unido, que ultrapassou 4.300 mortos, a situação é tal que a rainha pedirá hoje aos britânicos que enfrentem a crise com força, disciplina e companheirismo, em um discurso incomum à nação.

A pandemia também avança na América Latina, que registrava hoje quase 30.400 casos confirmados e 1.052 mortos. O Brasil registra um terço dos casos, 10.278, e o maior número de mortos, 432. O Chile (4.161 infectados e 27 mortos) se encontra em segundo lugar.

Na região, a doença teve cenas de horror no Equador (3.465 casos e quase 180 mortos), onde cerca de 150 corpos jaziam em residências e ruas da cidade de Guayaquil, em meio ao caos causado pelo colapso dos serviços funerários.

Assim como na África, na América Latina há países com sistemas de saúde frágeis ou deterioriados, e grande parte de sua população vive do setor informal, o que dificulta as medidas de confinamento.

A pandemia tem sido tão devastadora, que, mesmo nos países mais ricos, faltam testes de diagnóstico, leitos de UTI e recursos humanos.

"No começo, nos davam quatro luvas (para serem vestidas uma sobre as outras), agora dizem que duas são suficientes, mas eu visto três", conta uma enfermeira em um hospital de campanha erguido nos arredores de Madri.

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