CÂNCER DE PRÓSTATA

Especialistas da Santa Casa são credenciados

Urologistas podem realizar cirurgias no Hospital Sírio Libanês, em SP

Da Redação
correiopontocom@rac.com.br
29/06/2016 às 11:35.
Atualizado em 28/04/2022 às 05:08

Santa Casa de Piracicaba contabiliza mais de 170 cirurgias videolaparoscópicas urológicas (Divulgação)

Médicos do Instituto de Urologia da Santa Casa de Piracicaba (IUP), que há quatro anos realizam a cirurgia de prostatectomia radical videolaparoscópica, foram credenciados pelo Hospital Sírio Libanês para oferecer em São Paulo os mesmos serviços realizados em Piracicaba a pacientes que desejam ser operados na capital. De acordo com o urologista Ciro Eduardo Falcone, especialista em Uro-Oncologia e Laparoscopia, a parceria foi possível graças à infraestrutura da Santa Casa, que disponibiliza modernos equipamentos e garante a qualidade do material cirúrgico, semelhante ao utilizado pelos grandes centros médicos do País. Segundo ele, cerca de 170 procedimentos dessa natureza foram realizados pela Santa Casa local, classificada por ele como um dos hospitais do Interior paulista com maior experiência em cirurgia videolaparoscópica urológica. "Trata-se de procedimento recomendado para pacientes com câncer de próstata em fase inicial e intermediária, com vistas à remoção da próstata e das vesículas seminais", explica o médico, lembrando que a taxa de cura chega a 95% quando o diagnóstico é definido na fase inicial da doença. Falcone revela que, ao permitir ao cirurgião melhor visualização das estruturas anatômicas, as cirurgias videolaparoscópicas causam menos sangramento e exigem menor quantidade de analgésicos, proporcionando uma recuperação mais rápida com a consequente redução do tempo de internação. Outra boa notícia é que a inclusão de urologistas do IUP no corpo clínico do Hospital Sírio Libanês tem proporcionado à Santa Casa maior proximidade com a cirurgia robótica. O urologista Gustavo Dias Silva, membro da equipe médica do Instituto, está se especializando neste tipo de procedimento em centro de treinamento na Colômbia e, em breve, estará habilitado para executar os procedimentos com auxílio do robô. "Este nível de qualificação permitirá à Santa Casa oferecer os melhores e mais avançados tratamentos urológicos a Piracicaba e região", analisa Falcone. Qualificação Com o intuito de oferecer novas formas de tratamentos e acompanhar a evolução tecnológica da Medicina, os médicos do IUP, Ciro Falcone, Fábio Watanabe e Gustavo Borges, participaram, recentemente, do Congresso Europeu de Urologia em Munique, na Alemanha. "Diversos temas em urologia foram abordados, a exemplo da cirurgia à laser para próstata e cálculos renais, cirurgias oncológicas e videolaparoscópicas e cirurgia robótica", enfatiza Falcone. Procedimento No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Só no ano passado, 68,8 mil novos casos da doença foram diagnosticados. O tratamento depende da fase da doença, porém, em pacientes com boas condições clínicas, o processo mais recomendado é a cirurgia de prostatectomia radical, que pode ser realizada por via aberta, laparoscópica ou laparoscópica assistida por robô. Na Santa Casa de Piracicaba, o procedimento vem sendo efetuado desde 2012, quando a equipe de Urologia do IUP, por meio dos médicos Gustavo Dias Silva, Ciro Falcone, Tiago Aguiar e Gustavo Borges, realizaram mais de 150 cirurgias de prostatectomia radical videolaparoscópica, com excelentes resultados, elevados índices de cura e baixas complicações. Segundo eles, o procedimento laparoscópico amplia a chance de preservação dos nervos do pênis, responsáveis pela ereção, devido a melhor visualização proporcionada pela moderna câmera HD Storz adquirida pela Santa Casa. Outras vantagens são a melhor preservação do esfíncter uretral, menor sangramento intra-operatório, menor tempo de internação e de uso da sonda vesical, menos dor no pós-operatório e melhor aspecto estético das incisões. As estatísticas destas e outras cirurgias minimamente invasivas estão sendo levantadas pela equipe, que pretende publicar os resultados em renomadas revistas cientificas.

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