INTERNACIONAL

Esposa de diplomata americano é processada por homicídio culposo após acidente fatal

A família de um adolescente britânico, que morreu no ano passado em um acidente de carro causado pela esposa de um diplomata americano na Inglaterra, apresentou nesta quarta-feira (9) uma ação por homicídio culposo em um tribunal federal dos Estados Unidos

AFP
09/09/2020 às 16:27.
Atualizado em 25/03/2022 às 02:31

A família de um adolescente britânico, que morreu no ano passado em um acidente de carro causado pela esposa de um diplomata americano na Inglaterra, apresentou nesta quarta-feira (9) uma ação por homicídio culposo em um tribunal federal dos Estados Unidos.

Os pais de Harry Dunn, Charlotte Charles e Tim Dunn, junto com seu irmão gêmeo Niall, pediram danos morais e indenização compensatória, de acordo com documentos judiciais.

Dunn morreu em agosto de 2019, aos 19 anos, quando sua motocicleta e um carro que circulava no lado errado da estrada colidiram perto de uma base aérea em Northamptonshire (centro), usada pelos militares dos Estados Unidos.

Anne Sacoolas, que admitiu ser a motorista, foi acusada pela polícia britânica de causar a morte por condução perigosa.

No entanto, como esposa de um diplomata americano, ela apelou por imunidade e se recusou a retornar ao Reino Unido para enfrentar a Justiça, enquanto os EUA rejeitaram sua extradição.

A ação por homicídio culposo e negligência, movida no tribunal federal em Alexandria, nas proximidades da capital dos Estados Unidos, é movida contra Sacoolas e seu marido diplomata, Jonathan.

A força da colisão deixou "sangue e roupas incrustadas no parabrisa dianteiro" do carro da Sacoolas, ressalta a denúncia, garantindo que a mulher agiu de forma "deliberada e injustificada" ao não denunciar o acidente à polícia ou pedir socorro aos paramédicos.

O processo alega que Jonathan Sacoolas tem "responsabilidade indireta" pelas ações de sua esposa como proprietária do veículo.

Também menciona a "angústia mental" dos pais de Dunn como resultado do acidente e das perdas salariais.

O caso se tornou um espinho nas relações entre Londres e Washington, gerando debates sobre os limites da imunidade diplomática em casos não relacionados à segurança nacional.

O presidente Donald Trump qualificou o ocorrido como um "terrível acidente", dizendo que é comum os americanos terem dificuldade para dirigir no Reino Unido do lado esquerdo da estrada.

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