INTERNACIONAL

Estado do surto de covid-19 nos EUA que o governo Biden encontra

O presidente americano recém-empossado, Joe Biden, assume o comando do país mais castigado do mundo pela pandemia de covid-19, que no momento de sua posse tinha provocado mais mortos do que as baixas nas tropas americanas durante a Segunda Guerra Mundial

AFP
21/01/2021 às 20:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 21:10

O presidente americano recém-empossado, Joe Biden, assume o comando do país mais castigado do mundo pela pandemia de covid-19, que no momento de sua posse tinha provocado mais mortos do que as baixas nas tropas americanas durante a Segunda Guerra Mundial.

Confira a seguir um relato da situação e o que se espera nas próximas semanas e nos próximos meses.

Quase um ano depois de registrada a primeira morte pelo novo coronavírus nos Estados Unidos, morreram mais 406.000 pessoas, segundo cifras da Universidade Johns Hopkins, referência no acompanhamento da pandemia.

A média semanal de novos casos começou a cair, após alcançar um pico em 12 de janeiro, segundo dados do centro de monitoramento da Johns Hopkins, e as mortes segue uma trajetória similar.

Uma projeção conjunta dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), que combina 37 modelos, projeta que em 13 de fevereiro, as mortes pela covid-19 alcançarão entre 465.000 e 508.000.

Os modelos, por sua natureza preditiva, dependem das suposições nas quais se baseiam e há variáveis que podem mudar o panorama.

Em primeiro lugar, o vírus e o surgimento de novas cepas.

Segundo as projeções do CDC, feitas na semana passada, a nova cepa B.1.1.7 - mais contagiosa e que se acredita que não esteja tão estendida - poderia se tornar a cepa dominante nos Estados Unidos em março, provocando mais infecções.

Além disso, outras mutações que parecem ainda mais transmissíveis, têm sido detectadas na África do Sul e no Brasil e até agora não parecem ter chegado aos Estados Unidos.

No entanto, o país não tem um sistema robusto de "vigilância genômica" para detectar estas mudanças.

Um tema preocupante é a mutação E484K, detectada na África do Sul, que gerou dúvidas sobre a eficácia das vacinas atuais.

Trevor Bedford, especialista em doenças infecciosas do Centro de Estudos Fred Hutch tuitou: "precisamos investigar a cronologia para a manufatura e os passos regulatórios para atualizar a "cepa" utilizada para a vacina" e sugeriu que uma "atualização" pode ser necessária para o próximo outono no hemisfério norte.

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