INTERNACIONAL

EUA inicia vacinação contra covid-19, enquanto aumenta preocupação na Europa

Uma enfermeira de Nova York se tornou hoje a primeira americana vacinada contra a covid-19, no início de uma campanha a que agarra à esperança o país com mais mortes por causa da pandemia, enquanto na Europa há um aumento de contágios

AFP
14/12/2020 às 18:52.
Atualizado em 24/03/2022 às 04:24

Uma enfermeira de Nova York se tornou hoje a primeira americana vacinada contra a covid-19, no início de uma campanha a que agarra à esperança o país com mais mortes por causa da pandemia, enquanto na Europa há um aumento de contágios.

Sandra Lindsay, enfermeira intensivista, recebeu a vacina diante das câmeras do Long Island Jewish Hospital, um grande centro localizado no bairro de Queens.

"A primeira vacina foi aplicada. Parabéns aos Estados Unidos! Parabéns a todo o MUNDO!", escreveu o presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, no Twitter.

O início da vacinação ocorre seis dias depois do Reino Unido, o primeiro país a autorizar o uso do imunizante dos laboratórios Pfizer/BioNTech.

Após a injeção, a enfermeira afirmou com um sorriso que estava "bem" e "aliviada", com uma sensação muito semelhante a qualquer outra vacina.

A campanha de vacinação nos Estados Unidos, que deve priorizar os profissionais de saúde mais expostos ao vírus e os asilos, tem início em um momento em que a pandemia atinge fortemente o país.

O gigante americano está prestes a atingir a marca de 300 mil mortes, com mais de 16 milhões de casos, dos quais mais de um milhão foram somados nos últimos cinco dias.

Cerca de três milhões de doses devem ser distribuídas de hoje até quarta-feira, com o objetivo de vacinar 20 milhões de pessoas até o fim do ano e 100 milhões até o final de março.

A urgência é cada vez maior: as infecções dispararam, com 1,1 milhão de novos casos confirmados nos últimos cinco dias nos Estados Unidos.

"É a luz no fim do túnel, mas é um longo túnel", alertou o governador de Nova York, Andrew Cuomo, lembrando que levará "meses" até que uma massa crítica da população seja imunizada.

"Minha principal preocupação é o nível de relutância" em relação à vacina, afirmou Moncef Slaoui, responsável pela vacinação em nível federal, à CBS.

As autoridades lançaram uma poderosa campanha de comunicação para convencer os americanos a se vacinar.

O Canadá também iniciou sua operação de imunização contra o vírus nesta segunda-feira, assim como Abu Dhabi, cinco dias depois que os Emirados Árabes Unidos aprovaram a vacina do gigante chinês Sinopharm.

Na Ásia, Cingapura entrou na lista de países que já aprovaram o imunizante Pfizer/BioNTech nesta segunda-feira, depois do Reino Unido, Canadá, Bahrein, Arábia Saudita, México e Estados Unidos.

Na Europa, continente mais atingido pela pandemia, com 480.650 mortes e mais de 22 milhões de casos, a Agência Europeia de Medicamentos deve dar o seu parecer antes do final de dezembro.

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