INTERNACIONAL

EUA retorna à OMS e fortalece resposta global ao agravamento da pandemia

Os Estados Unidos retornaram à OMS e se comprometem a apoiar sua estratégia para enfrentar a pandemia, em um momento em que a variante britânica do coronavírus já atinge pelo menos 60 países e a vacinação chega gradativamente a novos territórios

AFP
21/01/2021 às 12:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 21:06

Os Estados Unidos retornaram à OMS e se comprometem a apoiar sua estratégia para enfrentar a pandemia, em um momento em que a variante britânica do coronavírus já atinge pelo menos 60 países e a vacinação chega gradativamente a novos territórios.

O governo recém-empossado de Joe Biden quis se distanciar rapidamente da política de seu antecessor e concretizou nesta quinta a sua reincorporação à Organização Mundial da Saúde, garantindo o seu apoio financeiro à instituição e elogiando o seu papel no combate à pandemia.

"Os Estados Unidos estão dispostos a trabalhar em colaboração e solidariamente para apoiar a resposta internacional à covid-19, mitigar seu impacto no mundo, fortalecer nossas instituições, avançar na preparação para futuras epidemias e melhorar a saúde e o bem-estar de todos os povos do mundo", declarou o imunologista Anthony Fauci.

O especialista fez parte da célula de crise durante a gestão de Donald Trump e foi nomeado assessor por Biden.

Posição que contrasta com a do ex-presidente Trump, que acusou a organização de ser um "fantoche" nas mãos da China e de "administrar mal" a pandemia, antes de retirar seu país da instituição em julho.

Na quarta-feira, o número de mortos por covid-19 nos Estados Unidos ultrapassou o número de soldados americanos mortos durante a Segunda Guerra Mundial. A pandemia já fez 405.500 vítimas fatais no país, sendo o mais atingido do mundo.

"Estamos entrando naquela que talvez seja a fase mais difícil e mortal do vírus", alertou Biden na quarta-feira.

Além de ordenar o retorno dos Estados Unidos à OMS, Biden decretou, assim que foi investido, a obrigatoriedade do uso de máscaras em prédios federais e transportes interestaduais e por funcionários do governo central.

Em todo o mundo, o vírus já matou ao menos 2,07 milhões de pessoas e as autoridades estão alarmadas com o surgimento de novas variantes que apareceram no Reino Unido, África do Sul e Brasil, e que são mais contagiosas.

A cepa britânica já atingiu pelo menos 60 nações, segundo a OMS, enquanto a cepa sul-africana foi detectada em 23 países e territórios.

A OMS informou ainda que está monitorando a disseminação de outras duas variantes que surgiram no Brasil, incluindo uma registrada no Amazonas.

Nos hospitais de Manaus, capital do estado, a situação é caótica e o serviço de emergência da cidade afirma receber cerca de 1.300 ligações por dia, 80% delas por problemas respiratórios.

"Estamos atendendo muitos casos com óbitos: quando a ambulância chega na casa, o paciente já faleceu", explicou à AFP o Dr. Ruy Abrahim, que coordena o serviço de emergência.

O Brasil é o segundo país do mundo mais atingido pela pandemia, com 212.831 mortes e 8,6 milhões de infecções.

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