INTERNACIONAL

EUA rompe com OMS pela COVID-19, e Nova York se prepara para descofinamento

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (29) o fim do relacionamento entre seu país e a Organização Mundial da Saúde (OMS), que ele acusa de ser muito indulgente com Pequim na crise dos coronavírus, enquanto a cidade mais afetada do mundo pela pandemia, Nova York, anunciou que está se preparando para iniciar seu desconfinamento

AFP
29/05/2020 às 19:27.
Atualizado em 27/03/2022 às 22:07

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (29) o fim do relacionamento entre seu país e a Organização Mundial da Saúde (OMS), que ele acusa de ser muito indulgente com Pequim na crise dos coronavírus, enquanto a cidade mais afetada do mundo pela pandemia, Nova York, anunciou que está se preparando para iniciar seu desconfinamento.

A crise mundial sem precedentes desencadeada pela COVID-19 causou um abalo nas tensas relações entre Washington e Pequim, agora mergulhados num confronto aberto com ares de Guerra Fria.

Enquanto isso, a Europa acelera as etapas para voltar à normalidade, a América Latina segue no meio de um forte impacto e a Ásia tocou o alarme na sexta-feira quando foi diagnosticado um novo foco na Coreia do Sul, que anunciou imediatamente novas medidas restritivas.

Tudo isso cinco meses após o surgimento do novo coronavírus em Wuhan, na China, doença que matou mais de 362.000 pessoas e infectou mais de 5,86 milhões em todo o mundo, segundo dados oficiais, provavelmente muito abaixo da realidade.

"Como eles não fizeram as reformas necessárias e muito necessárias, encerraremos nosso relacionamento com a Organização Mundial da Saúde e redirecionaremos esses fundos para outras necessidades globais urgentes de saúde pública", declarou o presidente Trump à imprensa.

A OMS está em uma posição difícil, e seu diretor, Tedros Adhanom Ghebreyesus, teve que aceitar uma "avaliação independente" que não fez o suficiente para manter seu principal colaborador, Washington, dentro da organização.

Os Estados Unidos são o país que perdeu mais vidas na expansão da pandemia: 102.201 falecimentos.

É também o país com mais infecções detectadas, 1.731.035 registradas até esta sexta-feira. Seu foco principal foi Nova York, que após mais de dois meses de confinamento pode começar na semana de 8 de junho a retomar o caminho da vida normal, relatou o governador do estado, Andrew Cuomo.

A cidade, que teve mais de 21.000 óbitos, está perto de cumprir sete regras que reduzirão lentamente o confinamento de mais de dois meses, segundo Cuomo.

"Vamos nos concentrar nos pontos críticos", escreveu no Twitter o governador.

Enquanto isso, na Rússia, o desejo de encontrar um remédio para a COVID-19 levou Alexander Guintsburg, que chefia o instituto de pesquisa de Moscou Gamaleya, a injetar uma vacina de vetor viral para acelerar o processo científico ao máximo, declarou, com a esperança de terminar os testes clínicos do seu projeto de vacina ainda no meio deste ano.

Moscou registrou nas últimas 24h, 232 vítimas fatais, elevando o total para 4.374 falecidos e 387.623 casos, o terceiro país do mundo com mais infecções.

O segundo país nessa sinistra lista, o Brasil, registrou 1.156 mortes nas últimas 24h. O México está logo atrás, com 447 mortes.

O Brasil viu sua economia despencar 1,5% no primeiro trimestre do ano, e o vírus está avançando rapidamente no nordeste do país, passando das capitais para o interior.

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