Os Estados Unidos sancionaram nesta sexta-feira uma entidade financeira nicaraguense e dois altos funcionários do governo de Daniel Ortega, aumentando a pressão sobre Manágua por suposta corrupção e deterioração das instituições democráticas
Os Estados Unidos sancionaram nesta sexta-feira uma entidade financeira nicaraguense e dois altos funcionários do governo de Daniel Ortega, aumentando a pressão sobre Manágua por suposta corrupção e deterioração das instituições democráticas.
O Tesouro informou que a cooperativa de poupança e crédito Caruna, bem como a procuradora-geral da Nicarágua, Ana Julia Guido, e o secretário da presidência, Paul Herbert Oquist, verão congelados todos os seus bens sob jurisdição nos Estados Unidos, e não poderão negociar com cidadãos e entidades dos EUA.
Foi alegado que Caruna, que não está sujeita à supervisão regulatória tradicional, serviu a Ortega para desviar fundos da petrolífera Albanisa, uma joint venture nicaraguense-venezuelana, para patrocinar seus apoiadores.
A Caruna também serviu ao Bancorp, um banco sancionado em abril de 2019 por supostos vínculos com a estatal venezuelana PDVSA, disse.
Guido foi acusada de apresentar acusações com base em evidências fabricadas contra opositores presos, incluindo jovens detidos por entregar água a mães de vítimas da repressão governamental que estavam em greve de fome em Masaya em 2019.
Oquist, nascido em Illinois, Estados Unidos, e nacionalizado na Nicarágua, foi sancionado internacionalmente por espalhar "mentiras para ocultar ou justificar os abusos" do governo Ortega, informou o Tesouro.
Para o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, a medida "promove a responsabilização do regime de Ortega e daqueles que tentam promover suas atividades atrozes".
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