INTERNACIONAL

EUA supera barreira de 100.000 mortes por COVID-19

Em um cenário inimaginável há quatro meses, os Estados Unidos ultrapassaram o marco sombrio de 100.000 mortes de coronavírus nesta quarta-feira (27) e o Brasil atravessou a barreira de 25

AFP
28/05/2020 às 01:05.
Atualizado em 27/03/2022 às 22:30

Em um cenário inimaginável há quatro meses, os Estados Unidos ultrapassaram o marco sombrio de 100.000 mortes de coronavírus nesta quarta-feira (27) e o Brasil atravessou a barreira de 25.000 mortes, numa época em que a América Latina é o epicentro de infecções.

A quantidade de mortos no territorio americano ofuscou a apresentação do plano da União Europeia de 750 bilhões de euros para combater o impacto do novo coronavírus.

A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, fez uma pausa durante uma conferência de imprensa para anunciar o número impressionante de vítimas do "vírus vilão", enquanto o país cautelosamente começa a reativar suas economias.

Prestes a ser indicado como candidato democrata à presidência, Joe Biden mencionou o terrível marco: "Para aqueles que sofrem, lamento muito sua perda", escreveu o ex-vice-presidente no Twitter, onde qual acrescentou: "O país está sofrendo com vocês".

Os Estados Unidos são o país mais afetado pelo vírus, com 1.699.176 casos registrados e 100.414 mortes, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins.

Trump pressiona governadores e líderes locais a reativar a economia, enquanto seu principal consultor médico, o imunologista Anthony Fauci, alertou contra os perigos do desconfinamento apressado.

"Isso é realmente mexer com o destino e procurar problemas", disse Fauci à CNN.

A América do Sul, principalmente o Brasil, mantém os alarmes ativados.

Enquanto muitas nações ocidentais estão voltando ao normal, o vírus continua sua marcha na América Latina, onde supera a Europa e os Estados Unidos em infecções diárias.

Nesta quarta-feira, o Brasil registrou outras 1.086 mortes e 20.599 casos da COVID-19 em 24 horas, atingindo a marca de 25.697 falecidos e 414.661 infectados.

Esses números alarmantes que, para especialistas, podem ser até 15 vezes mais altos, devido à subnotificação resultante da falta de exames.

O Brasil é o segundo país com mais casos do coronavírus no mundo e o sexto em número de vítimas fatais.

O vírus também alimenta uma crise política no país, onde o presidente Jair Bolsonaro minimizou a ameaça da pandemia e atacou os governadores estaduais que pediram que as pessoas ficassem em casa.

Também na região, o Peru registrou 6.154 novos casos nas últimas 24 horas, com os quais as infecções no país totalizaram cerca de 135.905, incluindo 3.983 óbitos.

Com a economia mundial paralisada, os estragos do coronavírus em nível socioeconômico são devastadores. Nesta quarta-feira, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimou que um em cada seis jovens está sem trabalho devido à pandemia.

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