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Europa pisa no acelerador com vacinas e China aumenta restrições

A Europa acelerou na sexta-feira (8) seus programas de vacinação, dobrando os pedidos para as empresas farmacêuticas Pfizer/BioNTech, enquanto a China restringiu a mobilidade de 18 milhões de pessoas, para conter o mais grave surto de coronavírus em seis meses no país

AFP
08/01/2021 às 15:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 22:43

A Europa acelerou na sexta-feira (8) seus programas de vacinação, dobrando os pedidos para as empresas farmacêuticas Pfizer/BioNTech, enquanto a China restringiu a mobilidade de 18 milhões de pessoas, para conter o mais grave surto de coronavírus em seis meses no país.

Diante das críticas levantadas pela lentidão das campanhas de vacinação no continente, a União Europeia prepara a próxima autorização para uma terceira vacina, a da AstraZeneca/ Oxford, depois das da Pfizer/BioNTech e da Moderna.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), sob grande pressão, disse nesta sexta-feira que vai tomar uma decisão sobre a vacina AstraZeneca/Oxford no final de janeiro.

Ao mesmo tempo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou um acordo com a Pfizer/BioNTech para dobrar seu contrato de pré-compra, de 300 milhões para 600 milhões de doses.

O líder supremo iraniano anunciou, por sua vez, que não confia em nenhuma dessas três vacinas, pois são fabricadas por países ocidentais.

"É proibido importar vacinas fabricadas nos Estados Unidos ou no Reino Unido. Não podemos confiar neles. Não é impossível que queiram contaminar outras nações", disse o guia supremo, aiatolá Ali Khamenei, em sua conta no Twitter em inglês.

A confiabilidade das vacinas anti covid-19 não foi contestada por meios científicos até agora.

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo laboratório alemão BioNTech, sua vacina contra o covid-19 é até eficaz contra uma "mutação chave" das variantes britânicas e sul-africanas do coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde pediu aos países que parassem de assinar "acordos bilaterais" com laboratórios produtores.

Segundo o diretor geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, essas compras podem prejudicar seus próprios programas de distribuição para países sem recursos.

Os laboratórios, que foram comprometidos por meio de contratos multimilionários com países financiadores, garantem que haverá vacinas para todos.

Nas cidades chinesas de Shijiazhuang e Xingtai, na província de Hebei, na fronteira com Pequim, onde vivem cinco milhões de pessoas, os habitantes foram confinados.

E, nas vastas áreas rurais que as rodeiam, onde residem mais 13 milhões de pessoas, foram ordenadas a limitar seus movimentos ao máximo, embora não devam respeitar um confinamento total por enquanto.

Em toda região, são realizados testes em massa, e mais de 6,7 milhões de pessoas já foram testadas.

Na última semana, 310 casos de covid-19 foram registrados em Hebei.

Desde que o vírus apareceu na cidade de Wuhan no final de 2019, o país registrou 4.634 mortes, a última delas em maio. Enquanto isso, em todo mundo, a pandemia ceifou quase 1,9 milhão de vidas e infectou mais de 88 milhões de pessoas.

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