INTERNACIONAL

Europa tenta aplacar desastre econômico da pandemia e avança no desconfinamento

Algumas cidades abrem seus restaurantes, outras, suas escolas, e a vida tenta retomar seu curso com cautela em um planeta paralisado pela pandemia de coronavírus, que causou mais de 302

AFP
15/05/2020 às 13:26.
Atualizado em 30/03/2022 às 00:59

Algumas cidades abrem seus restaurantes, outras, suas escolas, e a vida tenta retomar seu curso com cautela em um planeta paralisado pela pandemia de coronavírus, que causou mais de 302.000 mortes e continua a provocar estragos em países como Estados Unidos, Brasil e Rússia.

Mais de cinco meses após o surgimento da COVID-19 na China, o mundo está aceitando a ideia de conviver com as limitações e o medo impostos por esse coronavírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), "talvez [o vírus] nunca vá desaparecer".

E, em paralelo, os esforços estão sendo redobrados para revitalizar a economia, mergulhada em uma recessão sem precedentes.

A maior economia europeia, a Alemanha, confirmou nesta sexta-feira uma queda de 2,2% em sua atividade no primeiro trimestre e espera um declínio anual de 6,3%.

Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), o volume de transações globais registrará uma "queda de dois dígitos" em quase todas as regiões do mundo.

Nesta sexta, os ministros das Finanças da zona do euro se reúnem virtualmente para discutir sua resposta à crise.

Pioneira no desconfinamento, a Áustria deu um passo simbólico hoje com a reabertura de seus restaurantes e cafés.

Fanny e Sophie, duas estudantes de 19 anos, esperavam impacientemente para retomar seus hábitos no Café Goldegg, perto do museu Belvedere.

"Para nós, foi difícil todo esse tempo. Sentimos falta desse café e voltaremos assim que possível", disseram, tomando café da manhã à mesa.

Uma atmosfera relativamente animada que contrastava com a de Veneza, onde a ausência de turistas fez até os pombos deixarem a Praça de São Marcos, na ausência de visitantes para alimentá-los.

"Sem turistas, Veneza é uma cidade morta", disse Mauro Sambo, um gondoleiro de 66 anos.

Enquanto isso, a Alemanha se prepara para retomar a liga de futebol neste fim de semana, com partidas a portas fechadas. Já a Eslovênia, que declarou o "fim" da epidemia em seu território, anunciou que reabrirá suas fronteiras.

Ass medidas de distanciamento social ainda estão em vigor em todo mundo.

Na França, onde mais de 27.000 mortes foram registradas, os cidadãos vão poder aproveitar o primeiro fim de semana de desconfinamento para tomar ar e procurar uma área verde onde possam respirar.

"Eu realmente preciso me exercitar depois de trabalhar a semana toda em um escritório", disse Sylvie Bosredon, moradora da região de Paris, que planeja dar uma caminhada neste fim de semana entre Fontainebleau e o vale Chevreuse, ao sul da capital, convencida de que o passeio ajudará a "oxigenar".

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