A Europa tentava se blindar contra a segunda onda da pandemia que já infectou mais de 30 milhões de pessoas no mundo, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometia vacinas contra a Covid-19 para todos os americanos em abril
A Europa tentava se blindar contra a segunda onda da pandemia que já infectou mais de 30 milhões de pessoas no mundo, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometia vacinas contra a Covid-19 para todos os americanos em abril.
"Teremos fabricado pelo menos 100 milhões de doses de vacinas antes do final do ano. E provavelmente muito mais do que isso. Centenas de milhões de doses estarão disponíveis a cada mês e esperamos ter vacinas suficientes para todos os americanos até abril", disse o presidente na Casa Branca.
Trump reiterou seu otimismo sobre o resultado dos ensaios clínicos em andamento de vacinas experimentais, embora não tenha especificado quais fabricantes poderiam entregar esses volumes.
Duas empresas, Moderna e Pfizer, estão na fase 3 de testes clínicos de suas vacinas experimentais. A primeira aguarda o resultado em novembro e a segunda, em outubro.
Os dois laboratórios assinaram contratos com o governo dos EUA para entregar centenas de milhões de doses, e as autoridades de saúde começaram os preparativos para poder armazenar e aplicar as primeiras doses a partir de outubro, 24 horas após uma possível autorização da Agência de Medicamentos (FDA). Cada vacina teria duas doses, com intervalo de três a quatro semanas.
A data da disponibilidade de uma vacina nos EUA é um assunto de campanha para as eleições presidenciais de 3 de novembro. O candidato democrata Joe Biden, que lidera as pesquisas, disse não confiar em Trump para garantir a integridade do processo de aprovação científica para essa imunização.
O cientista-chefe da equipe da Casa Branca para a produção de vacinas, Moncef Slaoui, disse à rádio NPR em 3 de setembro esperar um volume de dose suficiente para vacinar entre 20 e 25 milhões de pessoas até o final do ano.
- Sem receita mágica -
Não há receita mágica para se blindar contra a Covid-19, e países europeus, como a Espanha, aplicam novas restrições para conter a pandemia.
Pressionada pelo aumento das infecções pelo novo coronavírus, a região de Madri restringiu severamente a mobilidade de 850.000 pessoas, para tentar conter a segunda onda da pandemia.
Os moradores das áreas afetadas, que representam 13% da população e 25% das infecções, só poderão sair de seus bairros para "questões básicas" como trabalhar, ir ao médico ou levar os filhos à escola.
Em Londres, o governo de Boris Johnson advertiu hoje que poderá voltar a impor um confinamento em toda a Inglaterra. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, anunciou que a festa de ano-novo na cidade não acontecerá este ano.
O Reino Unido, é o país europeu mais castigado pela pandemia, com mais de 41.700 mortes confirmadas.