Um ex-oficial da unidade de elite das Forças Especiais do Exército americano, os Boinas Verdes, se disse culpado nesta quarta-feira (18) de espionagem a favor da Rússia, anunciou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos
Um ex-oficial da unidade de elite das Forças Especiais do Exército americano, os Boinas Verdes, se disse culpado nesta quarta-feira (18) de espionagem a favor da Rússia, anunciou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Peter Rafael Dzibinski Debbins, de 45 anos, será sentenciado em 26 de fevereiro de 2021 e pode ser condenado à prisão perpétua.
"Debbins reconheceu hoje ter violado a confiança maior deste país ao passar informações confidenciais de segurança nacional para os russos", informou o procurador-geral adjunto, John Demers, em um comunicado.
De acordo com os promotores, o americano Debbins foi recrutado pelos russos em 1996, antes de entrar para o exército, após várias viagens à Rússia, país natal de sua mãe.
"Em 1997, Debbins recebeu um codinome de agentes da inteligência russa e assinou uma declaração atestando que queria servir à Rússia", observou o Departamento de Justiça americano.
Debbins serviu como oficial em unidades químicas do exército americano de 1998 a 2005, antes de ingressar nas Forças Especiais.
De acordo com o Departamento de Justiça, os agentes da Inteligência russa o encorajaram a seguir carreira nas Forças Especiais, onde chegou ao posto de capitão.
"Ao longo da conspiração, Debbins forneceu aos agentes de Inteligência russos (...) informações sobre suas unidades químicas e das Forças Especiais", disse o departamento.
"Em 2008, depois de deixar o serviço, Debbins revelou aos agentes de Inteligência russos informações confidenciais sobre suas atividades anteriores enquanto estava destacado para as Forças Especiais", informou o documento.
"Debbins também forneceu aos agentes de Inteligência russos os nomes e informações sobre vários de seus ex-membros da equipe das Forças Especiais, para que os agentes pudessem avaliar se deveriam abordar os membros da equipe para uma cooperação com o serviço de inteligência russo".
De acordo com a acusação, Debbins estava baseado na Alemanha e mais tarde no Azerbaijão com um certificado de segurança de alto nível.
O último contato com os russos mencionados na acusação foi em 2011.
Naquele ano, de acordo com seu perfil no LinkedIn, Debbins começou a trabalhar para uma série de terceirizadas de Defesa e Inteligência na região de Washington e a estudar em uma escola de pós-graduação, o Institute of World Politics, focado em segurança nacional e inteligência.
O site do instituto o descreveu como um instrutor de Inteligência cibernética e de guerra híbrida para o Comando Europeu dos EUA e a Otan.
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