O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que venceu o coronavírus em setembro, foi hospitalizado em Mônaco nesta quinta-feira (14) após sofrer problemas cardíacos, embora tenha garantido nas redes sociais que está "bem de saúde"
O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que venceu o coronavírus em setembro, foi hospitalizado em Mônaco nesta quinta-feira (14) após sofrer problemas cardíacos, embora tenha garantido nas redes sociais que está "bem de saúde".
O ex-magnata da mídia de 84 anos "foi internado no hospital cardiológico para exames. Ele retornará para casa em alguns dias", disse o porta-voz de Berlusconi à AFP.
Seu médico pessoal, Alberto Zangrillo, afirmou à agência de notícias ANSA que precisou ir com urgência à casa de Berlusconi, no sul da França, na segunda-feira, já que o político apresentava arritmia cardíaca.
"Quero tranquilizar a todos: estou bem de saúde", escreveu no Facebook, após ressaltar que está hospitalizado por precaução para exames médicos.
Em setembro, Berlusconi passou 11 dias internado devido à covid-19, o que ele descreveu como "o pior transe da minha vida".
O político havia contraído o coronavírus ao retornar das férias na ilha da Sardenha.
Dois de seus filhos, assim como sua atual companheira, Marta Fascina, contraíram a doença.
Berlusconi, fundador do partido de centro-direita Forza Italia, foi primeiro-ministro três vezes entre 1994 e 2011 e fez uma cirurgia cardíaca em 2016.
O ex-primeiro-ministro deveria comparecer nesta quinta-feira ao tribunal de Siena, na Toscana, para o julgamento denominado Ruby-ter, no âmbito do escândalo "Rubygate" pelas famosas festas "bunga-bunga" que organizou com prostitutas em sua luxuosa mansão perto de Milão (norte).
O Ministério Público pede uma pena de prisão de quatro anos e dois meses para Berlusconi por suborno de testemunhas.
A audiência foi adiada para abril devido ao estado de saúde do ex-chefe de governo italiano.
A ausência de Berlusconi, líder do principal partido moderado de direita, pesa atualmente sobre a crise política na Itália em meio à pandemia, após a decisão de outro ex-primeiro-ministro, Matteo Renzi, de retirar seu apoio à coalizão governista.
"Você será informado" sobre as discussões em curso, declarou Antonio Tajani, ex-presidente do Parlamento Europeu e chefe da Forza Itália.
"Acho que ele vai chamar Salvini (Matteo, chefe da Liga de direita) e Meloni (Giorgia, chefe da extrema direita Fratelli d"Italia, à tarde para fazer um balanço da crise", acrescentou Tajani, citado pela mídia.