As eleições gerais na Bolívia, celebradas no domingo passado, foram marcadas pela desinformação que ofuscou as campanhas dos candidatos e perduraram durante o dia de votação
As eleições gerais na Bolívia, celebradas no domingo passado, foram marcadas pela desinformação que ofuscou as campanhas dos candidatos e perduraram durante o dia de votação. Confira a seguir os principais conteúdos checados pela AFP.
Uma captura de tela mostrando um suposto tuíte publicado pela presidente interina Jeanine Áñez, pedindo voto para o candidato da Comunidade Cidadã foi reproduzida nas redes sociais.
Mas ao submetê-la à Wayback Machine (uma ferramenta que permite revisar arquivos publicados em sites na internet) não foram encontrados respaldos à publicação. Adicionalmente, uma busca pela frase exata do suposto tuíte no Google tampouco resultou em coincidências.
Por outro lado, a conta oficial da presidente em fim de mandato é "Jeanine Añez Chavez", enquanto o nome na imagem que viralizou tem um acento no segundo sobrenome, mostrando incongruência.
"É uma montagem feita sobre um tuíte", disse à AFP Factual o vice-ministro de Gestão Comunicacional, Marco Julio. Um porta-voz da campanha de Carlos Mwesa, enquanto isso, também desmentiu a mensagem.
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Era falsa a imagem que circulou do ex-presidente Carlos Mesa supostamente dando uma entrevista à Unitel com o texto "MURILLO ES Y PUEDE SER BUEN MINISTRO" (Murillo é e pode ser bom ministro) na tela, em alusão a Arturo Murillo, ministro do Governo (Casa Civil) de Áñez.
Foi uma montagem, feita a partir de artes do telejornal Telepaís, da Unitel, e uma entrevista que o candidato deu à Revista Cosas em 10 de outubro. Ali pode-se ver Mesa com a mesma roupa e no mesmo lugar em que aparece na imagem divulgada nas redes sociais.
Após ouvir a entrevista completa à revista, pôde-se confirmar que o candidato não se referiu a Murillo. Tampouco foram encontrados resultados ao se fazer uma busca exata no Google da frase "Murillo é e pode ser um bom ministro".
Assessores do partido Comunidade Cidadã também asseguraram à AFP que a imagem que viralizou é falsa.
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