PANDEMIA

Fase amarela amarela preocupa a Acipi

Estado tem alta de casos de Covid-19; Acipi critica medida do governador Doria

José Ricardo Ferreira
ricardo.ferreira@gazetadepiracicaba.com.br
01/12/2020 às 21:26.
Atualizado em 24/03/2022 às 03:02
Horário estendido do comércio no período natalino deve ser prejudicado com entrada da fase amarela (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Horário estendido do comércio no período natalino deve ser prejudicado com entrada da fase amarela (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) Piracicaba e região retornaram ontem à fase amarela do Plano São Paulo de controle sanitário e flexibilização econômica. A medida vale até o dia 4 de janeiro e é para todo o estado de São Paulo, conforme determinado pelo governador João Doria. Trata-se, disse ele, de um reforço em ações de enfrentamento da pandemia em São Paulo para reduzir o contágio e evitar pressão sobre o sistema de saúde. Segundo dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), até o domingo (29), o Estado registrava aumento de 8,9% na variação mensal de novos casos confirmados; 8,4% em novas internações e queda de 12,9% em óbitos. O comparativo considera os últimos 30 dias contra os 30 dias anteriores. A prefeitura local deve anunciar um decreto ainda hoje. Piracicaba estava na Fase 2 Verde. O horário do comércio continua normal na cidade - das 9h às 18h -, pois não excede 10 horas diárias. Boletim divulgado ontem atualizando os casos de coronavírus em Piracicaba apontou mais duas mortes sendo as vítimas um homem de 42 anos e mulher de 94 anos. A cidade teve mais 100 novos casos confirmados (46 homens com idades entre 16 e 81 anos) e 54 mulheres (com idades entre 9 e 80 anos). Já são 378 mortes. Veja o gráfico acima. A fase amarela é a de número 3 do Plano SP. Com ele, o setor de alimentação pode funcionar até as 22h (capacidade é de 40%); salões de beleza podem funcionar por 10 horas diárias até as 22h (capacidade é de 40%); comércio de rua e shoppings por abrir por 10 horas diárias até as 22h (capacidade é de 40%); academias podem funcionar por 10 horas diárias (capacidade é de 40%); aulas presenciais estão mantidas; eventos com pessoas em pé estão proibidos. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Piracicaba (Acipi), Luiz Carlos Furtuoso, criticou a medida do Governo de São Paulo. Ele disse que na próxima segunda-feira começa a abertura do atendimento natalino e com esse plano o comércio ficará prejudicado. Tradicionalmente o comércio natalino abre das 9h às 22h de segunda a sexta-feira. Com as restrições isso ficará prejudicado pois conforme a orientação sanitária o atendimento só deve ocorrer por 10 horas diárias no comércio de rua e shoppings. Isso significa que o comerciante terá que "fatiar" o atendimento ao público, uma vez que não poderá ficar 13 horas funcionando, e sim 10 horas. Uma das saídas poderá ser a de abrir mais tarde, por exemplo. Furtuoso disse que aguarda para hoje uma orientação da prefeitura e que a Acipi também está conversando com demais entidades estaduais que representam o varejo. Para ele, restringir atendimentos vai criar aglomerações, pois serão menos horas de expediente. Ele criticou o governador Doria por reclassificar o plano de flexibilização "apenas após as eleições". "Fomos pegos de surpresa", disse citando que vê com "repúdio" a atitude do governo. Em sua análise, terá impacto negativo na vida das empresas que estão buscando retomar suas economias frente à crise do coronavírus. A Acipi conta com 5,4 mil associados.      

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