Para o presidente da distrital da Filadélfia do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Patrick Harker, a inflação nos Estados Unidos não sairá do controle da entidade monetária, ainda que uma alta um pouco acima da meta de 2% deva ser tolerada pelo Fed nos próximos meses
Para o presidente da distrital da Filadélfia do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Patrick Harker, a inflação nos Estados Unidos não sairá do controle da entidade monetária, ainda que uma alta um pouco acima da meta de 2% deva ser tolerada pelo Fed nos próximos meses. De qualquer forma, o Fed tem ferramentas disponíveis para lidar com um avanço indesejado na inflação, garantiu Harker nesta terça-feira, em evento organizado pela Câmara do Comércio de Delaware.
Segundo o dirigente e membro não votante no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) neste ano, é importante observar não apenas os números da inflação, como também o ritmo de aumento nos preços.
"Uma inflação anual a 2,5%, por exemplo, pode apresentar cenários diferentes para a política monetária a depender da trajetória do índice", que pode apontar para uma aceleração contínua dos preços ou uma alta menos sustentada, explicou Harker.
Um dos fatores que preocupam analistas e o mercado quanto à inflação nos EUA é a agenda de apoio fiscal massivo do governo do presidente Joe Biden, incluindo seu pacote de investimentos em infraestrutura.
Para Harker, investir em setores que elevarão a capacidade produtiva do país no futuro "faz todo sentido".
Ele alertou, porém, que esta agenda não pode durar para sempre, e os investimentos têm de dar frutos em algum momento.