INTERNACIONAL

Festas religiosas confinadas e inéditas em todo mundo

Cristãos do mundo inteiro se preparam para celebrar a Páscoa de uma maneira sem precedentes, como os judeus e a Pessach, devido ao confinamento que os priva de igrejas, templos e sinagogas

AFP
07/04/2020 às 12:18.
Atualizado em 31/03/2022 às 03:37

Cristãos do mundo inteiro se preparam para celebrar a Páscoa de uma maneira sem precedentes, como os judeus e a Pessach, devido ao confinamento que os priva de igrejas, templos e sinagogas.

Para a Páscoa judaica, que começa na quarta-feira à noite (e termina em 16 de abril), as famílias são convidadas a ser reunirem apenas em casa.

É para "se proteger", explica em Nova York à AFP Yigel Niasoff, que ficará em sua casa no Brooklyn com sua esposa e filhos, mas sem sua mãe, ou os sogros.

"Pessach confinado, Pessach seguro", diz o rabino francês Haim Korsia.

Ele questiona, porém: "É possível ignorar a regra geral de não usar eletricidade? Um aplicativo de videoconferência pode ser usado excepcionalmente, pelo menos durante o jantar?".

Em Jerusalém, 14 rabinos emitiram uma opinião favorável, argumentando que se trata de estar em contato com os "anciãos". Já o rabino-chefe de Israel se opõe, defendendo que não se pode "profanar um feriado".

Na França, onde vive a maior comunidade judaica da Europa, Haim Korsia concorda que "a regra não pode ser revogada".

A Semana Santa que acaba de começar e continua com o "Tríduo Pascal" (Quinta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão e Domingo de Páscoa) também é muito especial.

Em muitas dioceses ao redor do mundo, os ofícios serão realizados a portas fechadas. Este será o caso no Vaticano, onde o papa Francisco celebrou a Missa de Ramos na Basílica de São Pedro, deserta.

Todas as celebrações litúrgicas serão realizadas sem os fiéis, incluindo as bênçãos Urbi e Orbi na Praça de São Pedro no domingo.

Em Iztapalapa, leste do México, a procissão muito popular da representação da Paixão de Cristo ocorrerá sem público.

Canais de televisão e a Internet servirão de suporte para acompanhar os ofícios. A missa pronunciada pelo arcebispo de Sevilha (sul da Espanha) poderá ser vista por 120.000 pessoas, segundo autoridades religiosas.

O Patriarcado Latino de Jerusalém pediu aos fiéis que orassem em casa, conectados às redes.

A "Páscoa em privacidade" também será observada no Marrocos, com missas no Facebook.

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