Pacientes dizem que atendimento é lento; média é de 1h30, diz SMS
Pacientes aguardavam até fora da unidade, na tarde de ontem (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)
A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Vila Sônia viveu ontem um dia de reclamações e protestos de pacientes que aguardam horas na fila de atendimento.
“A situação está péssima, cheguei com minha filha de um ano e sete meses com tosse e febre e aguardei quase quatro horas para ser atendida. Tá tendo pediatra, mas demorou muito”, disse Naiara Pinheiro de Jesus, que foi para casa ainda com a suspeita de que filha contraiu Covid.
Paloma Oliveira calcula que mais de 100 pessoas aguardavam atendimento quando estava na UPA. Ele levou o filho de oito anos, com dor de garganta e com náuseas e depois de duas horas não tinha sido atendida. “Tem médicos, inclusive pediatras, mas não chamam. Uma das justificativas era que a prioridade era para atendimento de uma criança baleada, que então deveria ir para um hospital não na UPA”, contou.
Uma outra mulher, que não quiz se identificar, revelou que para aliviar o excesso de pacientes da parte externa a UPA chama vários de uma só vez, que ficam esperando pelo atendimento na sala interna.
Outro lado
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece, por neta, que não há informações sobre criança baleada atendida na UPA Vila Sônia. “A SMS reforça ainda que, caso chegue alguma emergência, quem é responsável pelo atendimento desta é o médico emergencista, o que não deve impactar o Pronto Atendimento, a não ser que seja uma situação de calamidade, onde todos os médicos tenham de se dirigir à emergência. De acordo com a Coordenação das UPAs, o tempo médio de espera dos pacientes, após acolhimento na UPA Sônia, ontem (30) é de 1h30”.