(Divulgação)
Um empresário de 37 anos, sem antecedentes criminais, foi preso por policiais civis da 2ª Dise/Deic de Piracicaba na manhã do último sábado (10), numa casa do bairro Nova Piracicaba, cultivando pouco mais de 51 Kg de maconha "Skunk", conhecida como supermaconha e com elevado nível de THC (substância responsável por causar os efeitos almejados pelos usuário). Um detalhe que chamou atenção de policiais civis da unidade especializada foi a localização da flor desta maconha, considerada a parte mais nobre dela, cujo quilo custa em torno de R$ 40 mil. Outra coisa que surpreendeu a polícia foi o forte e sofisticado aparato no cultivo da maconha, com ambientes controlados com ar condicionado, umidificadores de ambiente, medidos de temperatura e umidade do ar, odorizadores de ambiente para disfarçar o cheiro das plantas e sistemas de iluminação artificial com lâmpadas específicas para tal atividade. Não é trabalho de amador, segundo a polícia. A 2ª Dise/Deic chegou ao traficante após trabalhar com equipes do serviço velado (sem farda e com veículos descaracterizados). Uma vez descoberto o crime, durante 10 dias observando o local, a polícia descobriu que ninguém morava ali - a casa era utilizada somente para o cultivo das plantas. O delegado Wilson Lavorenti, que chefia a Deic, contou que esteve na rua por diversas vezes, inclusive quando saía para andar de bicicleta. Era tudo para não despertar atenção do traficante. Na sexta-feira (9), a Justiça expediu o mandado de busca e apreensão. No sábado, em mais um dia de campana, os policiais foram até as proximidades da residência e viram o comerciante fazendo a manutenção diária das plantas. Apesar de ser dia de folga, eles não deixaram escapar a chance de fazer o flagrante. O investigado até tentou correr por uma porta lateral, mas já estava cercado. Dentro de três quartos foram localizados mais de 460 vasos já semeados, porém sem broto da planta. Em um quarto cômodo foram localizados outros 171 vasos já germinados e com plantas já cultivadas. Dentro da geladeira havia vários sacos com entorpecente já colhido e esfarelado. Segundo apurou a polícia, ia ser usado para fazer haxixe (droga ainda mais forte e com maior valor comercial). A delegada Juliana Ricci também trabalhou neste flagrante. Eram 23 horas e as equipes ainda estavam na delegacia. Compareceram ainda no local policiais de outros departamentos da Deic. O empresário ficou à disposição da Justiça.
