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Forte terremoto deixa seis mortos na Croácia

Seis pessoas morreram nesta terça-feira (29) em um poderoso terremoto de magnitude 6,4 que atingiu a região central da Croácia, causando pânico, destruindo casas e deixando a população no escuro

AFP
29/12/2020 às 16:52.
Atualizado em 24/03/2022 às 00:22

Seis pessoas morreram nesta terça-feira (29) em um poderoso terremoto de magnitude 6,4 que atingiu a região central da Croácia, causando pânico, destruindo casas e deixando a população no escuro.

A cidade de Petrinja e seus arredores foram seriamente afetados pelo terremoto, que chegou a ser sentido nos países vizinhos. Alguns dos seus 20 mil habitantes se preparavam para passar a noite ao relento, com medo de possíveis tremores secundários.

Além disso, cerca de vinte pessoas foram hospitalizadas, incluindo duas em estado crítico, informou o canal de televisão local N1.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro do abalo sísmico foi registrado cerca de 50 km a sudeste da capital Zagreb, na região de Sisak. O lugar já havia sido afetado na véspera por um tremor mais fraco, que causou danos em edifícios.

Uma menina foi encontrada morta em Petrinja, segundo o primeiro-ministro Andrej Plenkovic. A mídia croata indicou que ela tinha 12 anos. Outras quatro pessoas morreram na cidade vizinha de Glina, segundo a imprensa local, que citou fontes oficiais.

A eletricidade foi cortada em Petrinja e, após o pôr do sol, o centro da cidade ficou no escuro. Na praça principal, vários edifícios foram completamente destruídos. A polícia e o exército correram para limpar os escombros com retroescavadeiras.

"Não é seguro aqui, está claro", disse o primeiro-ministro Plenkovic, que foi até o local. Ele afirmou que as autoridades vão instalar contêineres para abrigar pessoas cujas residências estão sob risco.

Temendo outro terremoto, moradores como Vesna, uma aposentada de 70 anos, se prepararam para passar a noite em seus carro. "Minhas netas já estão lá. Temos medo de voltar para casa", contou à AFP. Os aposentados se reuniram em um parque, enrolados em cobertores, com medo de retornar a suas casas.

"Todos os azulejos do banheiro estão quebrados, todos os pratos estão no chão", relatou à AFP Marica Pavlovic, uma trabalhadora de 72 anos. "Mesmo se quiséssemos ir para casa, não poderíamos, não há luz."

O prefeito Darinko Dumbovic, por sua vez, afirmou que os danos ainda estão sendo avaliados. "A cidade é um campo em ruínas. O pânico é geral", acrescentou.

Segundo Plenkovic, um jardim de infância, felizmente vazio, está entre os prédios que colapsaram.

"A cidade é, na verdade, uma grande ruína. Estamos salvando gente, estamos salvando vidas. Temos mortos, desaparecidos, feridos (...) é uma catástrofe", disse ele à rádio nacional.

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