Espaços públicos

GCM impede invasão de área no Bosques do Lenheiro

A Guarda Civil Municipal impediu, na manhã de sexta, a ocupação de áreas públicas no Bosques do Lenheiro, onde já estavam demarcados os espaços para construção de cerca de 110 barracos

Romualdo Cruz Filho
03/12/2022 às 07:30.
Atualizado em 03/12/2022 às 07:30
Área já havia sido demarcada pelas lideranças do movimento para instalação dos barracos (Divulgação)

Área já havia sido demarcada pelas lideranças do movimento para instalação dos barracos (Divulgação)

A Guarda Civil Municipal informou que tem ocorrido inúmeras tentativas de invasão da praça do Bosques do Lenheiro, na região Norte da cidade, para fim de construção de moradias irregulares, tendo a última ocorrido na manhã de ontem (2). Eram cerca de 110 barracos planejados, alguns em processo de construção, em áreas demarcadas pela lideranças do movimento.

A principal área invadida fica na entrada do bairro, à direita, onde existe um campinho de futebol de areia e a praça do bairro. Ou seja, são áreas públicas. Os invasores demarcaram todo o local com a intenção, tudo indica, de vender os "terrenos" posteriormente. Essa tensão no bairro, de tentativa de expansão das invasões, é constante, e se mantém no ar há pelo menos 10 anos. 

Segundo o subinspetor Mendes, comandante do Pelotão Ambiental, da Guarda Civil Municipal, que acompanhou de perto todo o trabalho de sua equipe, a ideia dos invasores era se apropriar do espaço para fazer negócio, num movimento articulado que se intensificou na madrugada de quinta para sexta-feira. 

Investigações não oficiais da GCM, junto a moradores do bairro, identificaram que a maioria dos invasores em questão já possuem casa própria na comunidade e que, certamente, esperava preparar o espaço para pessoas de fora. Ou até mesmo para ser moradias de seus familiares. 

Mendes disse também que pelo menos dois barracos da invasão já estavam semiprontos e poderia ser usados a qualquer momento. Outras estruturas estavam em pé, com pilastras e tapume, para mais quatro barracos. Havia ainda demarcações com fita, delimitando áreas de possíveis construções. 

À esquerda da entrada do Bosques foram encontradas também marcas de preparativos para novas invasões e construção de mais uns 30 barracos, contabilizando um total de 110 a 115 moradias ao todo, só neste plano de ocupação ilegal. 

De acordo com Mendes, na primeira iniciativa de dispersar o movimento, durante a manhã de ontem, houve tentativa de tumulto no início, mas após o almoço, com a chegada de apoio policial, tudo foi resolvido da melhor maneira possível.

Para evitar recorrência do ato, a GCM vai intensificar o patrulhamento do bairro. Esta noite haverá uma saturação do local, que é intensificar as passagens das viaturas para monitorar eventuais persistência na irregularidade. 

Mendes contou ainda que uma senhora alegou, ao ser retirada do local, ter cinco filho e que não tinha onde morar. "Mas ela já é do bairro. Então se usa esse recurso social para tentar forçar uma situação e sensibilizar as autoridades, mas não podemos permitir esse tipo de atitude", concluiu o comandante.

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