Gestora de UPAs revela estrutura de atendimento

Audiência pública realizada na terça-feira (20), sobre a Organização Social de Saúde (OSS) Hospital Mahatma Gandhi, que fará a gestão das UPAs Vila Sônia e Vila Cristina, a partir do dia 1º de julho, trouxe várias informações importantes para se conhecer a estrutura de atendimento que será oferecida nas duas unidades terceirizada. 

De acordo com Camila de Santis, coordenadora de contrato do Hospital Mahatma Gandhi, atuarão na UPA da Vila Sônia seis médicos em horário diurno, dos quais dois serão pediatras, cinco médicos em horário noturno, sendo dois pediatras, além de um médico extra em horários de pico. Já na UPA da Vila Cristina, ainda de acordo com a gestora, atuarão nove médicos em período diurno, dos quais três pediatras, além de seis médicos à noite, sendo dois pediatras, bem como dois médicos extras, em horários de pico. 

O secretário de Saúde, Filemon Silvano, garantiu que o contrato vigerá até que se equacione a questão de contrato por concurso de novos médicos na rede pública. "Fizemos essa parceria público-privada até termos a solução do aumento do teto do prefeito, para que todos os médicos tenham um salário atrativo. Essa é uma solução de atendimento imediato à população até que consigamos completar todo o quadro profissional da saúde por meio de concurso. Não é uma terceirização, é uma parceria. Assim que forem entrando concursados, diminuiremos essa PPP".

Em relação ao destino dos médicos contratados pela prefeitura, que atuam na UPAs terceirizadas, segundo Filemon, estes profissionais serão encaminhados a outras unidades municipais sem que haja qualquer alteração em seus vencimentos: "os profissionais concursados têm o direito à estabilidade garantida. Ninguém será demitido ou terá prejuízo algum em seus vencimentos. Eles serão realocados e não haverá nenhuma perda de gratificações", afirmou. 

Foram sanadas também dúvidas relativas a problemas ocorridos com as empresas em outros municípios em que atua. Ao ser questionado pelos vereadores Paulo Campos (PD) e Cássio Luiz Barbosa (PL), a respeito de notícias divulgadas em órgãos de imprensa diversos sobre possíveis denúncias de irregularidades envolvendo a entidade, o advogado da OSS, Tiago Bizari, afirmou não haver, no CNPJ contratado pela prefeitura de Piracicaba, qualquer condenação ou mesmo investigação em curso.

Silvia Morales (PV) disse que boa parte dos questionamentos feitos durante a audiência poderiam já ter sido respondidos de forma mais clara pelo Executivo quando do recebimento do requerimento 462/23, de sua autoria, que pede detalhes sobre o funcionamento da OSS junto às UPAs da cidade.