Por telefone

Guarda-civil auxilia mãe a desengasgar filho de 43 dias

Foi a primeira vez que Alexandrino atendeu um chamado desses

Ana Cristina Andrade
24/05/2023 às 06:45.
Atualizado em 24/05/2023 às 06:45
Edna Moreira, 26, após o susto que levou com o pequeno João Pedro (Divulgação/Guarda Civil)

Edna Moreira, 26, após o susto que levou com o pequeno João Pedro (Divulgação/Guarda Civil)

Faltava pouco para as 11h30 da manhã de ontem, o telefone 153 da Guarda Civil de Piracicaba tocou e foi atendido pelo guarda-civil Alexandrino. Do outro lado, a dona de casa Edna Ferreira Moreira, 26, desesperada, pedia ajuda porque o filho João Pedro, com 43 dias de vida, estava engasgado com leite e catarro - o menininho está gripado - e a boca já começava a arroxear.

Antes disso, Edna ligou para o marido que estava trabalhando e não atendeu. Mesmo estando com o guarda-civil ao telefone, ela insistia que ia ligar para o marido. “O guarda me falava: não desliga, fica aqui comigo que vou enviar socorro, mas vai fazendo o que vou falar”, contou a mãe à Gazeta.

Alexandrino disse que, primeiro, pediu calma a ela, porque iria auxiliá-la ate a chegada do socorro. Em seguida, ele pediu a Edna que virasse o bebê de bruços, o colocasse no braço dela de maneira que a mão dela chegasse até o pescoço dele e para dar alguns tapinhas nas costas dele.

“Ela falou que o menino voltou a respirar e pedi que continuasse ao telefone, até que a viatura nossa e a ambulância chegassem. Em 15 anos como GC foi a minha primeira situação com criança. A sensação de saber que ele estava respirando foi de alívio, sem contar que foi muito emocionante”, explicou.

Tudo muito rápido
Pelo telefone, Alexandrino conseguiu acalmar a mãe, auxiliá-la, e anotar o endereço. A viatura que chegou primeiro na casa foi dos guardas Valadão e Nilton. Edna entregou o filho para Valadão, para que pudesse passar o nervoso. A guarda-civil Savana foi quem despachou a viatura e Alice Silva passou a situação para a médica do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

João Pedro foi avaliado e liberado. “Tenho que agradecer a Deus por ter colocado esse guarda no meu caminho”, disse Edna, que mora no Jardim Bartira.

100 horas de treinamento
O subinspetor Canova informou que todos os anos os guardas são obrigados a passar por treinamento de 100 horas de Estágio de Qualificação Profissional, exigência do Governo Federal, que inclui primeiros socorros.

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