O movimento palestino Hamas, no poder na Faixa de Gaza, criticou Israel nesta terça-feira (16) por bloquear a entrada de vacinas contra o coronavírus no enclave, denunciando um "crime" em "violação" do direito internacional
O movimento palestino Hamas, no poder na Faixa de Gaza, criticou Israel nesta terça-feira (16) por bloquear a entrada de vacinas contra o coronavírus no enclave, denunciando um "crime" em "violação" do direito internacional.
A Autoridade Palestina, com sede na Cisjordânia ocupada, acusou na segunda-feira Israel de negar a entrada de milhares de vacinas anticovid em Gaza, um enclave de dois milhões de pessoas sob bloqueio israelense.
O Cogat, o órgão israelense encarregado das operações civis nos Territórios Palestinos, disse que o pedido palestino de entrada de vacinas está "em estudo e aguardando uma decisão política".
A posição israelense é "um crime e uma violação de todas as leis internacionais e normas humanitárias", declarou o porta-voz do Hamas, Hazem Qasem, denunciando uma medida "discriminatória" de Israel.
Ele também pediu o fim do bloqueio que Israel impõe há mais de uma década em Gaza para, segundo os israelenses, conter o movimento armado do Hamas.
O governo palestino pediu à Organização Mundial da Saúde (OMS) que responsabilize Israel "totalmente pelos perigos da proibição da entrada de vacinas em Gaza", segundo seu porta-voz, Ibrahim Melhem, em uma entrevista coletiva em Ramallah.
A Autoridade Palestina começou a vacinar sua equipe médica no início de fevereiro, após receber 2.000 doses de Israel.
Em meados de fevereiro, esperava receber pelo menos mais 50 mil vacinas graças ao sistema Covax, criado pela OMS e pela GAVI Alliance.
Também recebeu 10.000 doses da vacina russa Sputnik V e indicou sua intenção de compartilhar parte das doses com os palestinos na Faixa de Gaza, um território geograficamente separado da Cisjordânia por Israel.
Na Cisjordânia, o Ministério da Saúde registrou oficialmente mais de 115.000 casos de covid-19, incluindo mais de 1.400 mortes. A Faixa de Gaza registrou mais de 53.700 infecções desde o início da pandemia, com 538 mortes.
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