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Hamilton vence GP da Bélgica de F1 de ponta a ponta e sem sustos

Da pole position até a bandeirada final, o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, liderou tranquilamente todo o Grande Prêmio da Bélgica e conquistou neste domingo sua quinta vitória em sete provas desta temporada da Fórmula 1

AFP
30/08/2020 às 17:37.
Atualizado em 25/03/2022 às 11:45

Da pole position até a bandeirada final, o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, liderou tranquilamente todo o Grande Prêmio da Bélgica e conquistou neste domingo sua quinta vitória em sete provas desta temporada da Fórmula 1.

Exceto na largada, o seis vezes campeão mundial não precisou se preocupar com seus rivais ao longa da corrida. Sua única dor de cabeça no circuito de Spa-Francorchamps, onde acumula quatro vitórias, foi mais uma vez o desgaste dos pneus no final da prova, o mesmo problema que quase lhe custou o primeiro lugar em Silverstone, Inglaterra, quando chegou ao fim com um deles furado.

Apesar de ter sobrado na pista belga, Hamilton afirmou que esta não foi a corrida mais fácil desta temporada: "A última provavelmente foi mais fácil. A corrida de Barcelona foi, creio eu, a mais fácil que já vivi. Hoje foi positivo, mas a largada foi estressante, assim como a retomada após o safety car", considerou.

Provavelmente o que melhor resume este Grande Prêmio foi a análise de sua própria corrida feita pelo holandês Max Verstappen, da Red Bull, terceiro na linha de chegada, atrás do finlandês Valtteri Bottas (Mercedes): "Foi muito chata, não muito interessante, não houve muito a se fazer."

Hamilton, atual campeão da F1, agora tem 157 pontos na classificação geral, 47 a mais que o segundo colocado Verstappen e 50 sobre Bottas. Com tamanha vantagem em busca do sétimo título, o inglês quase se desculpou pelo seu domínio e de sua equipe nesta temporada, na qual a Mercedes conquistou todas as poles disputadas e perdeu apenas uma prova, vencida por Verstappen, em Silverstone.

"Sei que isso não é necessariamente o que todos querem ver", reconheceu o britânico, que pode igualar o recorde de títulos registrado pelo alemão Michael Schumacher.

"Mas é assim que somos: estamos sempre com a cabeça no lugar e, hoje à noite, ninguém vai comemorar o resultado por muito tempo, mas vai pensar no que podemos melhorar. A equipe tem uma mentalidade excelente", explicou.

E para aqueles que esperam que sua idade o atrapalhe, Hamilton respondeu: "Tenho 35 anos, mas me sinto melhor do que nunca."

"As pessoas têm que entender que não é culpa dos pilotos. Damos tudo na pista. Aqueles que tomam as decisões, aqueles que projetam os carros, aqueles que estabelecem as regras, são quem devem ser pressionados a fazer um trabalho melhor no futuro. Espero que isso ocorra em 2022", acrescentou, quando questionado se entendia as pessoas que falavam que a corrida na bélgica foi chata.

Os carros da Renault, pilotados pelo australiano Daniel Ricciardo e o francês Esteban Ocon, ficaram com a quarta e a quinta posição, enquanto o tailandês Alexander Albon, da Red Bull, foi o sexto.

Para a Ferrari, sem ritmo neste circuito, o pesadelo continua: o alemão Sebastian Vettel foi 13º e Charles Leclerc, nascido em Mônaco, 14º. Leclerc foi convocado pelos comissários de corrida para ouvir uma advertência por dirigir muito devagar durante a volta de reconhecimento, antes de entrar no grid.

Talvez a imagem deste Grande Prêmio tenha sido a espetacular saída do traçado de Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) na volta de número 11, que também causou o abandono do britânico George Russell (Williams), que não conseguiu evitar uma das rodas do italiano, que havia retornado à pista. Ambos pilotos não sofreram ferimentos.

"Sinto-me com azar e sorte", comentou Russell visivelmente chocado no Instagram. "Decepcionado por estarmos fazendo uma boa corrida, mas muito feliz por termos o halo (a estrutura de proteção para a frente e parte superior do cockpit introduzida em 2018) agora nesses carros, sem o qual isso poderia ter sido pior."

Já o espanhol Carlos Sainz Jr, da McLaren, não largou devido a um problema no motor, que causou uma falha no escapamento enquanto se dirigia para o grid de largada.

A etapa seguinte da principal categoria do automobilismo mundial será no próximo domingo, 6 de setembro, no GP da Itália, em Monza, onde Hamilton vai tentar conquistar a vitória de número 90 na carreira para se aproximar ainda mais do recorde de Schumacher, que venceu 91 provas. Alguém duvida que ele alcançará esse feito?

psr/lca

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